Walison Veríssimo

O mundo do humor gráfico perdeu nesta terça-feira (1º/7) um de seus maiores nomes: Jorge Braga, cartunista que marcou a história da charge e dos quadrinhos em Goiás, faleceu em Goiânia, vítima de complicações associadas ao enfisema pulmonar. Tinha 67 anos.

Mineiro de Patos de Minas, mas profundamente enraizado no solo goiano, Braga iniciou sua jornada artística ainda na adolescência, aos 13 anos, desenhando para os jornais A Benção e Jornal dos Municípios. Na década de 1970, transferiu-se para Goiás, onde se tornou referência no universo das artes gráficas.

Ao longo de sua carreira, deixou sua marca em diversos veículos da imprensa local, como O Popular, Folha de Goiaz, Diário da Manhã, Opção, Cinco de Março e Jornal do Tocantins. Também atuou como editor de arte em televisão, mergulhou no teatro e promoveu festivais e apresentações de humor por todo o estado.

Sua obra rompeu fronteiras e ganhou espaço em publicações nacionais e internacionais de peso, incluindo Veja, O Globo, Jornal do Brasil, Correio Braziliense, O Pasquim, Jornal de Brasília e até o The World News, dos Estados Unidos.

Entre suas muitas realizações, destacam-se a criação das primeiras revistas em quadrinhos de Goiás — Badião e Romãozinho — e o pioneirismo ao lançar o livro Palmas e Vaias, a primeira coletânea de charges sobre a criação do estado do Tocantins.

Braga partiu, mas seu traço permanece vivo na memória coletiva e no riso que seus desenhos continuarão provocando por gerações.