Da Redação
Durante entrevista concedida neste sábado (10), pouco antes de deixar Moscou, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reforçou críticas à política comercial dos Estados Unidos, com foco no protecionismo e nas tarifas adotadas durante o governo Trump — medidas que, segundo ele, prejudicam o comércio global e favorecem apenas quem as impõe.
Lula afirmou que o tema será levado à próxima cúpula dos Brics, prevista para julho no Rio de Janeiro, e também deve entrar na pauta de conversas com o presidente chinês Xi Jinping, durante visita à China nos próximos dias. “O Brasil não é quintal de ninguém”, declarou o petista, em resposta indireta a declarações passadas de autoridades americanas sobre a América Latina. Ele defendeu um tratamento respeitoso e igualitário entre os países, especialmente no cenário de disputas econômicas entre potências.
Na visita oficial à Rússia, Lula também buscou reforçar parcerias em áreas estratégicas. O governo brasileiro demonstrou interesse em ampliar a importação de gás natural russo — aproveitando estoques excedentes após o bloqueio europeu —, além de iniciar diálogos sobre a construção de pequenos reatores nucleares no Brasil. A cooperação entre os países também pode avançar na exploração de minerais considerados críticos para a indústria e a transição energética.