Uma manhã de terror abalou a cidade de Graz, no sul da Áustria, nesta terça-feira (10), quando um tiroteio em uma escola secundária resultou na morte de dez pessoas, incluindo o próprio atirador. Segundo as autoridades locais, o ataque foi protagonizado por um ex-aluno da instituição, no que já é considerado o massacre escolar mais letal da história do país.
O ataque começou por volta das 10h, horário local, quando o suspeito invadiu duas salas de aula na escola Borg Dreierschützengasse e abriu fogo contra estudantes e funcionários. A ação foi abrupta e brutal. Cerca de 90 minutos depois, a polícia declarou que a situação estava sob controle e que não havia mais ameaça ativa, após uma ampla operação com helicópteros, forças especiais e evacuação total do prédio.
Segundo o jornal Kurier, o agressor — que posteriormente teria tirado a própria vida — foi identificado como um ex-aluno. Ainda não há informações sobre a motivação. Fontes oficiais informaram que cerca de 30 pessoas ficaram feridas, algumas em estado grave.
O entorno da escola foi completamente isolado. Linhas de transporte público foram desviadas, ruas bloqueadas e dezenas de policiais fortemente armados permaneceram no local durante toda a manhã. Estudantes e funcionários foram levados a um ginásio esportivo próximo, onde psicólogos e equipes de emergência prestaram os primeiros atendimentos às vítimas e familiares.
A prefeita de Graz, Elke Kahr, declarou que o ocorrido é “uma tragédia que nos deixa sem palavras” e lamentou profundamente as perdas. O governo federal reagiu rapidamente: o ministro do Interior, Gerhard Karner, e o chanceler Christian Stocker seguiram para a cidade para acompanhar de perto a situação.
Em Viena, a comoção foi imediata. “Devemos responder ao ódio com solidariedade”, escreveu o prefeito Michael Ludwig em uma rede social. A ministra das Relações Exteriores, Beate Meinl-Reisinger, classificou o episódio como “insustentável e impossível de compreender”. Segundo ela, “ninguém pode mensurar a dor vivida por essas famílias”.
O caso reacende debates na Áustria sobre segurança em escolas, apoio psicológico a jovens e o acesso a armas de fogo — temas que certamente voltarão ao centro das discussões políticas nos próximos dias.