Da Redação
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), afirmou nesta quinta-feira (13/3) que não participará da manifestação convocada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Rio de Janeiro, no próximo domingo (16), em defesa da anistia aos presos pelos atos de 8 de janeiro de 2023. Caiado explicou que estará mobilizando colegas de outros estados e intensificando viagens para ampliar sua projeção nacional. “O único problema identificado nas pesquisas é que sou pouco conhecido”, justificou, referindo-se às eleições presidenciais de 2026.
Apesar da ausência no evento, Caiado reafirmou seu apoio à anistia, destacando que foi “o primeiro” a levantar essa bandeira. “Um líder precisa ter espírito de estadista. Juscelino Kubitschek, quando vítima de um golpe, pediu anistia para o país seguir em frente e construir Brasília. Temos problemas maiores”, argumentou o governador.
Pré-candidatura ao Planalto
Durante um evento da organização Todos pela Educação, em São Paulo, Caiado enfatizou sua intenção de concorrer à Presidência e a necessidade de ampliar sua base eleitoral fora de Goiás. Segundo ele, seu estado tem um eleitorado pequeno, e seu desafio será se tornar mais conhecido nacionalmente para viabilizar sua candidatura.
O governador também comentou sobre sua relação com o cantor Gusttavo Lima, citado como possível candidato a vice-presidente em sua chapa. Caiado destacou que eles mantêm uma amizade antiga e que devem viajar juntos para discutir pautas políticas, mas afirmou que o artista ainda não pretende tomar uma decisão sobre uma eventual candidatura neste ano.
Cenário político e inelegibilidade
Caiado defendeu que ainda é cedo para definir um único nome da direita para 2026 e mencionou outras lideranças que podem se unir ao União Brasil, incluindo o influenciador Pablo Marçal (PRTB), atualmente inelegível pela Justiça Eleitoral de São Paulo.
O governador também enfrenta desafios jurídicos. Em dezembro de 2024, ele foi considerado inelegível pelo Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO) por abuso de poder político nas eleições municipais. A decisão ainda cabe recurso no próprio TRE-GO e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).