SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Morreu nesta quinta-feira o arquiteto americano Ricardo Scofidio, aos 89 anos. A informação foi confirmada pelos seus filhos à imprensa internacional. A causa da morte não foi informada.

Junto de sua mulher, Elizabeth Diller, Scofidio ficou conhecido pela forma inventiva com que tratava a arquitetura. Em seus projetos eles prezavam por mesclar elementos urbanos, de arte, performance, e tecnologia.

O casal fundou uma empresa renomada da área, a Diller Scofidio + Renfro, em Nova York, em 1979. Foi nessa cidade que Scofidio trabalhou em importantes espaços, como o Museu Whitney de Arte Americana, e o parque High Line, que fica suspenso sobre os trilhos de uma linha de trem, em Manhattan.

Scofidio também ganhou destaque porque questionava os pedidos que chegavam à sua mesa —a empresa que leva sei nome ficou conhecida por desafiar aquilo que os clientes desejavam.

Ele trabalhou no Rio de Janeiro, e com a a esposa desenhou o projeto do MIS Copacabana, uma sede do Museu da Imagem e do Som, projeto que deveria ter sido entregue em 2012, mas que segue em construção. As obras foram retomadas em setembro do ano passado com a previsão de serem finalizadas em dez meses.

“Esse é um museu sobre a cidade, não um museu que deveria passar a imagem de ser voltado para pessoas com certo nível educacional”, disse ele à Folha, em 2009. Scofidio elogiou ainda o Museu da Língua Portuguesa, por onde passou durante sua visita ao país.

Scofidio também tinha carreira acadêmica. Lecionou na Cooper Union School of Architecture, quando conheceu sua mulher, e também na universidade de Harvard.

O arquiteto, um dos mais importantes do mundo, nasceu em Nova York, filho de um músico de jazz, Earle Scofidio. Ele estudou na Cooper Union School of Architecture e depois na Columbia University. Sua primeira esposa foi Allana Jeanne Deserio, com quem teve quatro filhos.

Além da mulher, Elizabeth, Scofidio deixa os filhos Ian, Gino, Marco e Dana.