SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Walter Salles não conseguiu dizer tudo o que havia planejado em seu discurso de agradecimento do Oscar por melhor filme internacional.
Na hora, ele acabou improvisando o discurso. “Eu começava agradecendo o cinema brasileiro e também o cinema latino-americano. Eu começava por aí, mas perdi isso na largada”, disse o diretor em coletiva de imprensa na qual o UOL esteve presente.
O plano original era passar uma mensagem em português. “Eu terminava dizendo ‘viva a democracia e ditadura nunca mais’, e essa era a única parte que eu falava em português”.
O diretor falou sobre a estratégia de divulgação do filme nos Estados Unidos. Ele ressalta que o filme foi acolhido na comunidade internacional do cinema independente: “Não há cartazes de ‘Ainda Estou Aqui’ em Los Angeles, porque a [distribuidora] Sony Classics quer que as pessoas desvendem os filmes, assistam. Esse boca a boca é o que foi crescendo. Em cada país a gente teve um abraço do melhor cinema independente”.
“Ainda Estou Aqui” venceu o Oscar de melhor filme internacional ontem. O filme conta a história de como Eunice Paiva, mãe de cinco, lidou com o desaparecimento de seu marido, Rubens Paiva, durante a ditadura. A obra é baseada no livro de mesmo nome de Marcelo Rubens Paiva, filho de Eunice e Rubens.