RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – O show de rap do Dia Brasil do Rock in Rio só ficou animado perto do fim, quando o rapper Djonga assumiu o microfone. Entre os artistas escalados para a apresentação, ele foi o único que empolgou o público, vazio na ressaca da madrugada, após os shows de pop e de sertanejo, com plateias lotadas.

Djonga desceu do palco Sunset, onde foi alocado o show dos rappers, e pulou a grade que segura o público para participar de uma roda de bate-cabeça com os fãs. Foi o momento de maior fervor da performance, com o artista pedindo “fogo nos racistas” e o público repetindo.

O ritmo seguiu alto com a entrada de Marcelo D2, que puxou um coro com “Desabafo”. Criolo também prendeu a atenção do público, responsável por fechar o show –ele cantou o rap romântico

“Não Existe Amor em SP”.

Mas o show começou desanimado e demorou a engatar. Primeiro a se apresentar, o rapper Rincon Sapiência encontrou o gramado sintético do campo muito vazio se comparado a como estava duas horas antes, quando o show de Ivete Sangalo, Gloria Groove e Lulu Santos uniu uma multidão.

Sem conseguir agitar as poucas pessoas que assistiam ao show, Rincon apresentou três faixas e chamou ao palco Karol Conká, que tampouco empolgou, ainda que tenha escolhido cantar a popular “Tombei”.

O público respondeu melhor a Xamã, que cantou “Leão”, hit na voz de Marília Mendonça, e “Malvadão 3”, viral do TikTok. Rael também se apresentou, com uma recepção morna.

O show terminou com os seis rappers unidos no palco ao som de “Convoque Seu Buda”, na voz de Criolo. Djonga se despediu saudando os colegas, e dizendo que aquele era um pequeno retrato do rap brasileiro. “Nós somos o rap, o funk, o trap, somos tudo.”