O atual prefeito de Pirenópolis, Nivaldo Melo (PSDB), teve sua candidatura à reeleição contestada pela Justiça Eleitoral na quarta-feira (4/9). A impugnação foi solicitada pelo Ministério Público Eleitoral (MPE). Segundo o MPE, Melo está inelegível até 28 de julho de 2026, devido à rejeição de suas contas por irregularidades graves que configuram improbidade administrativa, conforme decisão final do Tribunal de Contas da União (TCU).
O TCU determinou que o prefeito deve devolver ao erário público R$ 133.377,15 e pagar uma multa de R$ 13 mil, em função de irregularidades na utilização de recursos do Ministério do Turismo durante a realização da II Feira Literária de Pirenópolis (Flipiri), entre 2009 e 2016, período em que Melo exerceu dois mandatos de prefeito.
De acordo com o pedido de impugnação apresentado, o MPE afirma que a fiscalização do convênio pelo TCU revelou que Melo cometeu atos que prejudicaram o erário, devido a falhas na execução do convênio.
Quando eleito em 2008, Nivaldo Melo declarou à Justiça Eleitoral um patrimônio de R$ 210 mil, incluindo um imóvel residencial, um lote e três veículos. Quatro anos depois, ao buscar a reeleição em 2012, declarou um patrimônio de R$ 1,1 milhão, composto por uma casa, três lotes e um carro. Em 2020, ao retomar o cargo de prefeito, sua declaração de bens incluía apenas R$ 19.653,25 em conta poupança no Banco Itaú.
Na disputa pela Prefeitura de Pirenópolis na eleição de 6 de outubro, os candidatos válidos na Justiça Eleitoral são a vereadora Ynaê Siqueira Curado (União Brasil), Alexandro Pompeu (Federação PT, PC do B e PV) e Valdeir Alves (PL).