ANDRÉ FONTENELLE

SAINT-DENIS, FRANÇA  (FOLHAPRESS) – A manhã desta terça (3) começou com pódio duplo no Stade de France para o Brasil, em uma disputa palmo a palmo com os EUA e a França pelo terceiro lugar no quadro de medalhas dos Jogos Paralímpicos.

Yeltsin Jacques recuperou-se da relativa decepção com a medalha de bronze nos 5.000 metros, classe T11 (deficiência visual), e conquistou o ouro com novo recorde mundial nos 1.500 metros: 3min55s82. Jacques foi ouro nas duas provas, 1.500 e 5.000 metros, nos Jogos anteriores, em Tóquio.

“Eu tinha um plano A e um plano B. O A era a gente sair na frente do começo ao fim. O B era, se alguém quisesse passar a primeira volta com a gente, a gente ia deixar passar, correr atrás, só que pressionando, pra fazer o cara forçar mesmo, pra levar o cara pra cima do limiar dele, lactato, ácido láctico, e aí ali nos 600, no meio da curva, o Guilherme [Santos, atleta-guia] já posicionar, sair pra raia 2, 3, a gente começar a mexer, passar, assumir a ponta, antes das duas voltas”, disse ele.

Outro brasileiro, Júlio César Agripino, que havia sido ouro nos 1.500 metros na semana passada, desta vez ficou com o bronze.

Agripino e Jacques largaram na frente, mas o equatoriano Jimmy Caicedo forçou o ritmo para assumir a liderança na altura dos 500 metros. Yeltsin Jacques decidiu, então, acelerar e passou tanto o compatriota quanto Caicedo, disparando na frente.

No lançamento do dardo, classe F56 (competidores sentados), Raíssa Machado ficou com a medalha de prata.

Com o final das férias de verão, o público no estádio foi bem menor nos últimos dois dias, em relação à semana anterior. Ingressos foram distribuídos gratuitamente a estudantes e a maior parte dos torcedores na manhã desta terça era formada por excursões escolares.