O apresentador Silvio Santos foi sepultado neste domingo (18) em cerimônia restrita à família e amigos próximos, conforme seu desejo expresso em vida. A decisão de realizar um velório curto e um sepultamento rápido seguiu as tradições judaicas, religião do empresário.

A cerimônia seguiu todos os ritos judaicos, incluindo o banho ritualístico do corpo, o envolvimento em um sudário branco e o sepultamento em caixão fechado, considerado um sinal de respeito ao falecido.

Os ritos judaicos seguem preceitos rigorosos, baseados na Torá. No caso do falecimento de Silvio Santos, as cerimônias foram conduzidas pela Congregação Israelita Paulista (CIP) e pelo Chevra Kadisha, grupo responsável pelos preparativos religiosos.

Entenda como é feito a cerimônia:

Preparação do corpo: Imediatamente após o falecimento, o corpo é coberto e levado para o Cemitério Israelita do Butantã. A preparação inclui a lavagem e o envolvimento em uma mortalha branca, simbolizando pureza e humildade. Os olhos são fechados, representando a transição para o mundo espiritual.

Velório e sepultamento: O velório, restrito a familiares e amigos, acontece sem a exposição do corpo. O sepultamento, que deve ocorrer no mesmo dia da morte, é realizado sem flores ou ornamentos, prezando a igualdade entre todos. A cremação é proibida, e a decomposição natural do corpo é valorizada.

Cerimônia: Durante o enterro, são entoados hinos religiosos e os parentes mais próximos jogam terra no caixão. Ao final, lavam as mãos, simbolizando a continuidade da vida.

O sábado é considerado um dia de descanso e os enterros são proibidos. Caso o falecimento ocorra nesse dia, o sepultamento é adiado para o domingo, como aconteceu com Silvio Santos.

A família Abravanel emitiu uma nota oficial agradecendo o carinho e as mensagens de apoio recebidas e explicando a decisão de seguir os desejos de Silvio Santos. “Ele gostava de ser celebrado em vida e gostaria de ser lembrado com a alegria que viveu”, disse a família.

Silvio Santos faleceu na madrugada de sábado (17), aos 93 anos, em decorrência de complicações de uma pneumonia. O apresentador era um dos maiores ícones da televisão brasileira e deixou um legado de mais de seis décadas de carreira.