Uma denúncia grave surgiu envolvendo uma menina de 4 anos que faleceu após ser tratada em um hospital em Goiânia. Emanuelly Vitória Rocha de Souza morreu em 9 de maio devido a septicemia provocada por apendicite aguda. A família alegou que a menina foi vítima de abuso sexual dentro do Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad) antes de sua morte.

O principal suspeito do crime, um técnico em segurança do trabalho, foi preso. A polícia investiga que ele pode ter cometido abusos contra pelo menos outras duas crianças. A mãe de Emanuelly, Giselly de Souza, afirmou repetidamente que o abuso ocorreu dentro do hospital, embora as autoridades inicialmente tenham negado as alegações.

A Secretaria de Saúde de Goiás não comentou sobre o caso, uma vez que a investigação está sendo conduzida pela Polícia Civil. O advogado do suspeito declarou que só fará declarações nos autos do processo. A Polícia Civil ainda não revelou o nome do acusado e afirmou que o inquérito deve ser concluído no final da próxima semana.

De acordo com o laudo da Polícia Científica, a causa da morte de Emanuelly foi septicemia devido a apendicite aguda. A criança havia sido internada no hospital em 3 de maio com sintomas de dor abdominal, diarreia e vômitos, sendo liberada inicialmente após medicação. Ela retornou ao hospital em 5 de maio com agravamento dos sintomas e foi internada na UTI.

O abuso sexual teria ocorrido na manhã de 6 de maio, quando a tia da menina foi retirada do quarto por indivíduos que se apresentaram como funcionários do hospital. O suspeito permaneceu com a criança por duas horas, alegando que daria um banho nela. Lesões foram encontradas durante a troca de fraldas e, após o exame do Instituto Médico Legal (IML), a família foi informada.

O prontuário médico mostra que as lesões foram registradas no dia 6 de maio, quase 24 horas após a internação da menina. O laudo cadavérico confirmou a presença de lesões íntimas, mas não esclareceu a origem.

O técnico em segurança do trabalho está sendo investigado por estupro de vulnerável e aliciamento de crianças para práticas libidinosas. Segundo a polícia, ele utilizava informações do hospital para identificar famílias vulneráveis e, posteriormente, abusava das crianças sob o pretexto de cuidar delas. A investigação identificou pelo menos três vítimas.

Não há informações sobre o depoimento do suspeito ou se a mulher mencionada pela família também está sendo investigada. A conselheira tutelar Érika Reis explicou que o Conselho Tutelar foi acionado após suspeitas de abuso sexual e encontrou a mãe da criança que relatou ter recebido uma ligação de um suposto funcionário do hospital oferecendo ajuda para cuidar da filha.