Os 25 parques públicos de Goiânia com lagos possuem placas que alertam sobre a proibição de nadar e pescar, mas essa regra não tem impedido práticas que colocam em risco os ecossistemas aquáticos. Um exemplo alarmante é o Parque Licardino Ney, no Jardim Balneário Meia Ponte, onde a introdução de peixes exóticos pela população ameaça a fauna nativa e o equilíbrio ambiental do lago.

Na quarta-feira, dia 24 de julho, técnicos da Agência Municipal do Meio Ambiente (Amma), com a ajuda de um especialista em ictiofauna, identificaram a presença de um protozoário nos peixes do lago. As espécies exóticas, introduzidas clandestinamente, incluem mais de 100 tilápias saudáveis que foram removidas e enviadas ao Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) do Ibama. Os peixes restantes estão recebendo tratamento, e a primeira etapa foi concluída nesta quinta-feira, 1º de agosto. A retirada total dos peixes só será realizada quando estiverem saudáveis e aptos para o manejo.

Os peixes exóticos encontrados no local são oriundos da bacia hidrográfica amazônica. Para preservar o meio ambiente, o lago será repovoado futuramente com peixes nativos da bacia hidrográfica do Rio Meia Ponte, sob monitoramento contínuo da Amma. A agência reforça que a introdução de animais nos parques por parte da população é proibida e pode causar danos ambientais significativos, apesar de não haver relatos recentes de tais infrações na capital.

Além do Parque Licardino Ney, todos os 25 lagos em parques de Goiânia são monitorados pelo órgão ambiental. O manejo de espécies é realizado apenas quando há riscos reais ao meio ambiente. Relatórios técnicos da Amma serão encaminhados para a Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Meio Ambiente (Dema) para a instauração de inquérito policial, diante de relatos sobre possíveis tentativas de torneios de pesca nos parques da região.