Operação Tolerância Zero intedita seis empresas

O Procon Goiás e o 5º Distrital Policial de Aparecida de Goiânia deflagraram, nesta terça-feira (30/07), a operação Tolerância Zero. A ação conjunta resultou na interdição de seis empresas que operavam o “golpe do falso financiamento”. Além disso, 24 pessoas foram conduzidas ao DP, sendo 8 delas (gerentes e representantes das pessoas jurídicas) presas em flagrante.

Entenda o caso

Os estabelecimentos funcionavam no mesmo prédio, localizado na Avenida Rio Verde, em frente a um shopping, em Aparecida de Goiânia. Todos os CNPJs estavam ativos em salas distribuídas em 4 andares do edifício.

Os clientes eram atraídos por anúncios de venda de automóveis e imóveis em redes sociais e plataforma de marketplace e induzidos a darem um valor de uma suposta entrada para adquirir o bem. Não era deixado claro ao cliente que o contrato, na verdade, era para aquisição de uma cota de consórcio.

Consumidores lesados

Durante a operação, os agentes se depararam com um consumidor que havia dado R$ 14 mil, acreditando ser a entrada para compra de uma casa que tinha o valor total de R$ 280 mil. Segundo ele, o restante do valor seria parcelado. Depois de assinar o contrato, porém, não foi cumprido o acordo de entrega das chaves da casa em poucos dias.

O consumidor relatou que o contato com os vendedores foi se tornando muito difícil e, só depois de alguns dias, descobriu que o contrato era relativo a consórcio.

Também havia outro consumidor que estava prestes a repassar para uma das empresas R$ 4 mil como suposta entrada de um carro no valor de R$ 80 mil. De acordo com ele, foi prometido que o restante seria financiado, e que o veículo estaria disponível no mesmo dia. Os agentes do Procon e da PC impediram que ele fechasse o negócio.

Autuação

Por não passar informações claras aos clientes sobre os serviços oferecidos e sobre a natureza da operação financeira, além de atuar por meio de propaganda enganosa, as empresas foram interditadas e autuadas pelo Procon Goiás. A Polícia Civil recolheu documentos para seguir com a investigação criminal.

Foram conduzidas 24 pessoas para o 5º DP e, após análise dos elementos informativos, foi realizada a prisão em flagrante de 8 delas, que exerciam as funções de supervisão e representação (proprietários) das pessoas jurídicas envolvidas.

Os presos foram autuados em flagrante delito pelo cometimento de crime contra as relações de consumo, propaganda enganosa, publicidade abusiva, promoção de publicidade prejudicial ao consumidor e associação criminosa. No curso do inquérito policial, haverá a apuração da existência do cometimento do crime de estelionato, tendo vítimas variadas.