Em um anúncio na rede X neste domingo (21), o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, revelou que não buscará a reeleição e optou por apoiar a vice-presidente Kamala Harris como líder da chapa democrata para as eleições de novembro. Biden, que enfrentava pressões desde o fim de junho devido a um desempenho considerado abaixo do esperado no primeiro debate presidencial, citou sua idade avançada e questões de aptidão como motivos para sua decisão.

“Esta foi a maior honra da minha vida servir como seu presidente. E embora tenha sido minha intenção buscar a reeleição, acredito que é do melhor interesse do meu partido e do país que eu me afaste e me concentre exclusivamente em cumprir meus deveres como presidente pelo restante do meu mandato”, declarou Biden em comunicado.

Em resposta ao anúncio, Kamala Harris expressou gratidão pelo apoio de Biden e prometeu unir o Partido Democrata em um esforço para derrotar Donald Trump nas próximas eleições. Donald Trump, atual candidato republicano à presidência, reagiu rapidamente ao comunicado de Biden, questionando sua aptidão para continuar no cargo presidencial.

O ex-presidente Barack Obama também se pronunciou, elogiando Biden como “um patriota da mais alta ordem”. Biden, que foi vice-presidente durante os dois mandatos de Obama entre 2009 e 2017, recebeu apoio e reconhecimento de várias figuras do partido democrata.

Contudo, críticas surgiram do campo republicano. O presidente da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, Mike Johnson, questionou a decisão de Biden, argumentando que se ele não está apto para disputar a presidência, também não estaria apto para continuar servindo como presidente.

A decisão de Biden marca um ponto de virada nas eleições presidenciais de 2024, deixando Kamala Harris como a principal figura democrata na corrida contra Donald Trump, que busca um retorno à Casa Branca após sua derrota para Biden em 2020.