A relação política entre o prefeito de Aparecida de Goiânia, Vilmar Mariano (Patriota) e o deputado federal professor Alcides Ribeiro (PL) está à beira do precipício e o rompimento é questão de tempo, atestam aliados dos políticos. Por dois motivos: o parlamentar tem nutrido gosto pela disputa a cadeira da Cidade Administrativa, apesar de negar. Vilmarzinho também tem se irritado com críticas do parlamentar diante da sua gestão.
A irritação de Vilmar se dá por conta da participação do deputado federal Alcides Ribeiro na gestão aparecidense. Dono de três indicações políticas no primeiro escalão, o deputado federal tem dito que a gestão municipal não vai bem. “Se a minha gestão não vai bem de acordo com o que Alcides tem dito, ele também não vai bem, afinal de contas, ele possui três secretarias aqui e participa da administração ativamente”, reclama à auxiliares.
A irritação de Vilmar não começa agora. Meses atrás, Alcides disse que o ex-prefeito Gustavo Mendanha não deixava o prefeito trabalhar. “Eu não sei em que base o professor Alcides diz isso. Ele tem pelo menos três indicações no primeiro escalão. Fora as nomeações no segundo escalão. Isso não faz sentido”, disse um aliado.
Mas há outro detalhe: apesar de negar, Alcides tem tomado gosto em concorrer a eleição por Aparecida de Goiânia, em 2024. Até porque o presidente do PL em Goiás, senador Wilder Morais, exige uma candidatura no município. “Se o PL insistir na candidatura, não há outro candidato em Aparecida que não seja o professor Alcides”, destaca o deputado federal à aliados.
Esses contextos fazem aliados de ambos acreditarem que um rompimento é questão de tempo. O problema é qual a narrativa vai ficar: se Alcides pedir pra sair, Vilmarzinho dirá que o compromisso que ambos firmaram foi rompido. Se Vilmarzinho mandar as indicações de Alcides embora, o ar da traição ficará impregnado. É esperar e ver quais os rumos que os ventos aparecidenses vão levar… (Walison Veríssimo)