O Laboratório de Agrometeorologia e Análises Climáticas (LAAC) da Universidade Estadual de Goiás (UEG), Unidade Universitária de Palmeiras de Goiás, realiza estudos para o desenvolvimento de uma estação meteorológica, prometendo um custo significativamente menor do que as estações de mercado.

Desde sua criação em 2011, o Laac tem desempenhado atividades de pesquisa e extensão, fornecendo informações sobre as condições do tempo, previsões diárias e semanais que ajudam na tomada de decisões em diversas áreas, como a agricultura.

Além disso, o laboratório realiza o monitoramento climático, estudando fenômenos como El Niño e La Niña e suas influências nas condições climáticas locais.

Estação meteorológica

Para a construção da estação, será utilizada uma plataforma chamada Arduino, amplamente utilizada para o desenvolvimento de projetos de automação e controle. Consiste em uma placa de microcontrolador, que é um pequeno computador programável, capaz de executar diversas tarefas conforme programado.

No contexto de uma estação meteorológica, o Arduino pode ser equipado com diversos sensores para coletar variáveis climáticas. Anteriormente, as previsões eram baseadas em dados do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) e do CPTEC (Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos).

“Agora, estamos trabalhando para gerar pelo nosso próprio sistema”, conta Isaac Mickael de Bastos Rosa, aluno do laboratório.

O laboratório foi idealizado pelo professor Diego Simões Fernandes, bacharel em Meteorologia pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e mestre na mesma área pela Universidade Federal de São Paulo (USP). Presente no projeto há três anos, o discente de agronomia, Isaac Mickael de Bastos Rosa, destacou a importância do Laac para sua formação profissional: “Eu consigo chegar em qualquer plantação que utiliza irrigação e saber que ali posso contribuir com aquele produtor”.

Agricultura

A análise agroclimática realizada pelo laboratório envolve estudar o clima e suas interações com a agricultura, incluindo a gestão da água (irrigação), temperatura e possibilidade de chuva. Recém integrante da equipe, cursando agronomia, Arthur Henrique Rocha Santana, combinou sua experiência em tecnologia com a aplicação da meteorologia em atividades agrícolas.

Ele comentou: “estamos planejando também fazer um site e deixar disponível para que todos tenham acesso”. O Laac está coletando informações de outras cidades para criar um banco de dados abrangente com elementos meteorológicos.

O laboratório também registra projetos de pesquisa, como o estudo sobre a probabilidade de ocorrência de seca no Centro-Norte do Brasil junto à Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da UEG, que visa auxiliar na produção agrícola de soja e milho em Palmeiras de Goiás.

O Laac conta com a participação de discentes de graduação por meio de projetos de extensão ou pesquisa, colaboradores voluntários na área de Tecnologia da Informação que desenvolvem melhorias no modelo meteorológico.

O professor Diego conta que tiveram que interromper as atividades do Laac em meio à pandemia de Covid-19, e, assim, a construção da estação meteorológica representa um grande passo.

“Se tudo correr bem, espera-se que até a metade do ano que vem a gente consiga começar os testes em campo”, conclui.

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