ANA CAROLINA AMARAL
PARIS, FRANÇA (FOLHAPRESS) – “[A decisão do Banco Central] é um descompasso entre o que acontece com o Brasil, o dólar, a curva dos juros, a atividade econômica. O contexto dá um claro sinal de que poderíamos sinalizar corte da taxa Selic, a mais alta do mundo”, afirmou nesta quinta-feira (22) o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sobre a decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) de manter a taxa básica de juros em 13,75%.
Segundo o ministro, a decisão contrata problemas para o futuro, com inflação e também com tributação.
“Esse descompasso nos preocupa há muito tempo”, disse Haddad, que defendeu a relativização das pesquisas.
“Sou a favor de olhar as pesquisas, entendo isso, mas elas são subsídios para a tomada de decisão e não podem substituir a autoridade monetária”, afirmou, acrescentando que as pesquisas têm errado nos últimos seis meses.
O ministro também mostrou otimismo na relação com o Congresso para a aprovação do marco fiscal e a tramitação da reforma tributária.