A Federação da Indústria e Comércio (Fieg), presidida pelo empresário e ex-deputado federal Sandro Mabel liderou uma reunião nesta quarta-feira (21/06) com empresários e trabalhadores industriais para apresentar uma manifestação de repúdio a alta taxa de juros que está em 13,73%. A reunião do Copom, do Banco Central do Brasil, realizada no mesmo dia, manteve o percentual que a entidade considera “prejudicial” para o país.
“O desejo unânime é que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, reveja a política adotada diante da retração da inflação e da necessidade de o País consolidar e acelerar um avanço econômico”, destacou a carta.
A manifestação rememora que a taxa básica de juros saltou de “2,0% para 13,75%” em pouco mais de um ano. “Com isso, o custo de crédito encareceu, o consumo arrefeceu, os investimentos estagnaram e a especulação aumentou”. A carta diz que isso impede a retomada da economia que vem numa crise desde 2015-2016.
A Fieg então, defende que como a inflação está controlada, a taxa de juros também pode seguir o mesmo ritmo de queda, no sentido de “dar fôlego para a população” e mandou recado ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto: “mantê-la no patamar de 13,75% por puro conservadorismo é inaceitável”.
O documento também lembra que tanto o mercado como o governo federal estão insatisfeitos coma taxa praticada. “Pois o momento atual é outro, diferentemente de quando houve a implantação da elevação da taxa de juro de mercado”. (Walison Veríssimo)