SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, disse, em pronunciamento nesta quinta-feira (4), que os dois homens que fugiram da penitenciária federal de Mossoró (RN) voltarão para a mesma unidade prisional.
Lewandowski afirmou que os dois homem ficarão separados na penitenciária. “Eles voltarão para a penitenciária de onde fugiram, em Mossoró, totalmente reformulada. Haverá insperação diária. A direção foi trocada. De lá certamente não se evadirão”
CAPTURA DOS FUGITIVOS
Os dois homens que fugiram da penitenciária federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, foram encontrados e presos hoje. Foi a primeira fuga de um presídio de segurança máxima do país.
Após 50 dias de buscas, os dois detentos que escaparam do presídio de segurança máxima foram encontrados em Marabá (PA), a cerca de 1.600 km de Mossoró. O Ministério da Justiça e da Segurança Pública montou uma força-tarefa de cerca de 500 agentes para encontrar Rogério da Silva Mendonça, 33, e Deibson Cabral Nascimento, 35, após a fuga em 14 de fevereiro
Os fugitivos e outros quatro homens estavam na capital Belém e foram capturados quando se deslocavam em três carros para Marabá. Rogério e Deibson, que integram a facção Comando Vermelho do Acre, estavam em veículos diferentes – que eram conduzidos pelos comparsas – e tinham outro carro na “escolta”, segundo a PF.
O grupo foi recapturado em uma ação conjunta entre a PF e a PRF na BR-222. A ação ocorreu nas imediações de uma ponte rodoferroviária. Um dos fugitivos foi capturado pela PRF. O outro, pela PF. O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, vai detalhar a ação nesta tarde.
QUEM SÃO OS FUGITIVOS
Fugitivos são “matadores do CV”, diz a polícia. Fontes ouvidas pela reportagem indicam que os fugitivos não integram o alto escalão da facção e que são conhecidos por serem encarregados por assassinatos de pessoas no “tribunal do crime”. O UOL não localizou os advogados deles.
Os dois detentos estiveram em rebelião em presídio do Acre em 2023. Deibson e Rogério foram então transferidos para a unidade federal de Mossoró em julho do ano passado.
Deibson cumpria pena de 81 anos de prisão. Conhecido como Tatu, ele tem o nome ligado a mais de 30 processos e responde por crimes como tráfico de drogas, organização criminosa e roubo por assalto a mão armada.
Rogério foi condenado a 74 anos de prisão e responde a mais de 50 processos. Conhecido como Martelo, ele tem uma suástica tatuada na mão e é acusado de homicídio qualificado, roubo e violência doméstica.



