Marília Miragaia
ILHAS CAYMAN
Se você deu sorte de sentar na janela do avião, já começa a desfrutar do azul turquesa das águas que envolvem as Ilhas Cayman do alto, bem antes da aeronave pousar no destino no Caribe.
À medida que se aproxima da pista, a coloração fica mais nítida e o impacto dessa visão na viagem, também. O desembarque acontece em Grand Cayman, a principal das três ilhas que compõem o território ultramarino britânico das Ilhas Cayman.
Para chegar, brasileiros têm de fazer conexões, como em Miami, nos EUA. Visto não é necessário, mas se deve ter à mão cópia da passagem e comprovante de estadia.
Descobertas por Cristóvão Colombo (1451-1506) em sua viagem a mando de reis espanhóis, essas ilhas foram, mais tarde, cedidas à coroa inglesa, ao lado de outras da região. Por isso, não estranhe o retrato da rainha Elizabeth 2º (ainda ela), ao entrar no saguão do aeroporto.
Mas, apesar da ligação com o Reino Unido, a cultura do dia a dia tem um bom acento norte-americano. Para visitantes vindos do Canadá e dos Estados Unidos, maioria ali, as ilhas são conhecidas não como paraíso fiscal, mas como balneário de águas tranquilas. Por causa das poucas horas de voo, muitos, inclusive, compraram casas na ilha principal na época da pandemia.
Casas de veraneio são uma opção, mas outra parcela de quem visita as Ilhas Cayman opta por ficar em resorts à beira mar, a exemplo do Ritz-Carlton, Grand Cayman. Com 369 quartos, o hotel investiu na decoração dos ambientes, na boa área de piscina e no serviço dos restaurantes.
Um deles, o Blue, está sob comando de Eric Ripert, responsável pelo Le Bernardin, endereço nova-iorquino frutos do mar único restaurante a manter quatro estrelas, classificação máxima do jornal
The New York Times, desde que abriu, na década de 1980.
Mesmo com essas qualidades, um dos grandes atrativos do hotel é a vista para a praia Seven Mile, uma das mais procuradas em Grand Cayman por suas areias brancas banhadas por águas calmas, com diferentes tons de azul que variam de acordo com o horário do dia e a profundidade do assoalho da praia.
Faz sentido, então que o hotel coloque à disposição itens para diversão aquática incluídos em sua tarifa (a partir de US$ 799 ou R$ 3.971). Para começar, boias e colchões ancorados na areia, em frente às fileiras de guarda-sóis, são opções para quem quiser só relaxar algo que os visitantes passam dias fazendo ali.
Mas existem opções mais divertidas e radicais.
O Ritz tem à disposição caiaques, pranchas de standup paddle, triciclo aquático e pedalinhos. Também é possível fazer, sob agendamento, uma aula de velejamento, e usar snorkel para mergulhos superficiais.
Conhecer os cenários subaquáticos é outro programa famoso das Ilhas Cayman.
Empresas como Ambassador Divers e Ambassadors of the Environment oferecem opções para quem nunca mergulhou e para quem têm certificação. É possível ver, durante o passeio, animais como moreia, tubarão, arraia e tartarugae os famosos recifes da região.
Ainda que muito da vida nas Ilhas Cayman gire em torno da água, comida e bebida estão na programação. O centro, em George Town, concentra restaurantes e bares drinques à base de rum, molhos com manga e frango com especiarias (chicken jerk) estão entre sabores locais. De preferência, sob à luz do pôr do sol.
A jornalista viajou a convite do Ritz-Carlton, Grand Cayman