Gilvane Felipe, presidente do diretório estadual do Cidadania em Goiás, divulgou à imprensa sua carta de renúncia ao cargo, nesta terça-feira, 26. A principal motivação, de acordo com ele, foi seu “total ceticismo diante da tática eleitoral até agora declarada pelo PSDB”.

Enquanto o partido tucano visa o lançamento de projeto próprio com foco no Paço Municipal, Gilvane é defensor da aliança PSDB-Cidadania com o PT. O foco seria apoio à candidatura da deputada federal Adriana Accorsi à Prefeitura de Goiânia. 

Os dois partidos formam uma federação desde maio de 2022. Portanto, as decisões eleitorais devem ser tomadas conjuntamente pelo período de quatro anos. No entendimento de Gilvane, “a federação [PSDB-Cidadania] encontra-se em estado de isolamento e se não o rompermos caminharemos para uma derrota acachapante em 2024, o que acentuará ainda mais nosso isolamento político”, assinalou Felipe.

Confira na íntegra da nota publicada:

O motivo é principalmente o meu total ceticismo diante da tática eleitoral até agora declarada pelo PSDB.

A Federação PSDB-Cidadania encontra-se em estado de isolamento e se não o rompermos caminharemos para uma derrota acachapante em 2024, o que acentuará ainda mais nosso isolamento político.

À frente do Cidadania, sugerimos um outro caminho, bem mais virtuoso e promissor, de constituirmos uma aliança de centro-esquerda, apoiando a candidata do PT, Adriana Accorsi. Tal alternativa poderia nos retirar do isolamento e permitir projetar com maior otimismo tanto 2024 como 2026.

Infelizmente, a proposta não teve boa acolhida junto a direção do PSDB. Como nunca aderi voluntariamente a políticas de gueto, isolacionistas, não me restou outra alternativa senão a renúncia à presidência do Cidadania e à vice-presidência da Federação.

Seguirei fazendo política como sempre fiz, de maneira ampla e visando sempre ao reforço da democracia.

Gilvane Felipe