A Prefeitura de Goiânia aplicou, de janeiro a agosto de 2023, 22,6% de recursos próprios em saúde. O índice significa que o município investiu R$ 224,15 milhões a mais que o mínimo constitucional de 15% previsto na Lei Complementar nº 141/2012. As informações constam do Relatório Detalhado do Quadrimestre Anterior (RDQA), apresentado pelo secretário de Saúde de Goiânia, Wilson Pollara, na tarde da quinta-feira (21/12), durante prestação de contas na Câmara Municipal.
O secretário municipal comparou Goiânia a outros municípios brasileiros. “Já estive em gestão pública em vários locais, principalmente no Estado de São Paulo, e por lá não tem o que se encontra por aqui, não se aplica tanto de dinheiro próprio do município nesta área. O prefeito Rogério está realmente de parabéns pelos investimentos que vêm fazendo na saúde”, pontuou.
De acordo com o secretário, dentro do projeto de qualificação da rede física, 24 unidades de saúde foram completamente revitalizadas nos primeiros seis meses deste ano. Pollara também esclareceu sobre a construção das unidades modulares. “A empresa não conseguiu construir as três primeiras unidades que tiveram ordem de serviço autorizada. Ela só vai conseguir concluir uma, a Terezinha de Jesus, no Luanna Park. Com isso, vamos licitar a construção de 12 unidades, agora em alvenaria. Cada uma será construída por uma empresa”, complementou.
Em seguida, o secretário esclareceu sobre as obras em reforma da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Guanabara; do Centro de Especialidades Municipal (CEM), no Setor Pedro Ludovico, e da Unidade de Vigilância em Zoonoses. “Estamos fazendo o distrato com a empresa que não cumpriu nenhum prazo de entrega e vamos, em seguida, licitar outra empresa que possa concluir essas reformas ainda em 2024”, declarou Wilson.
O secretário também destacou o repasse de R$ 10,3 milhões do Ministério da Saúde (MS) para incremento das cirurgias eletivas e realização de 6.168 cirurgias de cataratas. Além disso, foram realizadas 365 auditorias. a fim de verificar o devido uso dos recursos públicos.
“O resultado desse relatório foi uma enorme surpresa para mim, ele mostra o quanto Goiânia está avançada na assistência à população na área da saúde. Vejam só: foram mais de R$ 220 milhões acima do mínimo previsto em Lei, dinheiro usado na melhoria do atendimento e na parte de infraestrutura”, ressaltou Pollara.
Na área de Vigilância em Saúde, o destaque ficou com a realização de 36.304 ações de prevenção e 11.986 com finalidade diagnóstica, além do pacto da vacina, que resultou na regularização de salas de vacinação, manutenção de três salas abertas nos finais de semana, ações externas em espaços públicos e privados e da parceria com instituições como Rotary Club e Sistema Sest/Senat.
Entre janeiro e agosto, a produção de serviços na área de Atenção às Urgências atingiu 134.219 procedimentos na parte ambulatorial e 43.237 na parte hospitalar.
A produção de serviços na Atenção de Média e Alta Complexidade chegou a 6.650.513 na parte ambulatorial, sendo a maioria, 3,8 milhões, com finalidade diagnóstica, e 55.811 de internações hospitalares. Só de procedimentos cirúrgicos foram 28.836. Somando todas as internações que o município realizou de janeiro a agosto, o total chega a 56.119.
Ações de promoção e prevenção à saúde realizaram mais de 5,5 milhões de procedimentos
Em seguida, Pollara informou que, na Atenção Primária, foram realizados 5,5 milhões de procedimentos. A maioria (55%), foram de ações de promoção e prevenção à saúde. Em segundo lugar, aparecem os atendimentos clínicos, com 42% do total. O gestor ainda destacou os programas Saúde Mais Perto de Você, com 17 mil atendimentos em 17 edições. E o Intensifica Saúde Goiânia, com 15.816 atendimentos em quatro edições.
Por fim, o secretário de Saúde resumiu: “Estamos imensamente felizes com os resultados conseguidos neste primeiro quadrimestre.”