Da redação
Entre as ações realizadas pela Secretaria Municipal de Saúde estão a oferta de profilaxias, testes e informações para conscientização sobre o HIV durante todo o ano
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) disponibiliza rede de apoio e alerta à população da Capital sobre a prevenção do HIV. O serviço visa conscientizar a população sobre a importância da prevenção ao HIV e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), além de destacar a disponibilidade de profilaxias e testagens.
No Centro de Referência em Diagnóstico Terapêutico (CRDT), localizado na Rua 87, nº499, no Setor Sul, a população tem acesso à Profilaxia Pós-Exposição ao HIV (PEP), que é utilizada até 72 horas após a exposição ao risco, e à Profilaxia Pré-Exposição ao HIV (PrEP), uma estratégia de uso de medicamentos antes da exposição para reduzir o risco de infecção pelo vírus. As profilaxias fazem parte das Estratégias de Prevenção Combinada do HIV preconizadas pelo Ministério da Saúde, que incluem testagem regular, uso de preservativos e outras medidas.
Na Capital os testes para HIV estão disponíveis em todas as unidades de saúde da Atenção Primária e de Urgência, com encaminhamento para acompanhamento com infectologista, se necessário. O município disponibiliza ainda o autoteste para HIV no CRDT, que é feito pela própria pessoa, em casa ou em qualquer outro lugar, o passo a passo é simples e de fácil interpretação. No CRDT, ainda, o paciente também é atendido por uma equipe multiprofissional com psicólogo, enfermagem e serviço social.
A PrEP, que consiste no uso de antirretrovirais por pessoas HIV negativas em situações de maior risco, é destacada como uma estratégia eficaz e segura. Essa medida se mostra relevante diante do crescimento da infecção pelo HIV em adolescentes e jovens, sendo uma opção adicional de prevenção disponível no Sistema Único de Saúde (SUS).
Além das profilaxias, o superintendente de Vigilância em Saúde da SMS, Yves Mauro Ternes, enfatiza outras formas de prevenção, como o uso regular de preservativos, testagem periódica para diagnóstico precoce, a prevenção da transmissão vertical do HIV, tratamento de ISTs e hepatites virais, imunização para hepatites A e B, programas de redução de danos, além do tratamento de pessoas vivendo com HIV. “Essa recomendação vale também para as outras ISTs como Sífilis e Hepatite Virais B e C”, afirma.
Apesar dos avanços no combate ao HIV, a doença ainda representa um desafio para a saúde pública. Dados mostram que, embora o número de casos tenha diminuído nos últimos anos, cerca de 80 pessoas morrem e 400 são infectadas por ano em Goiânia. Atualmente, aproximadamente seis mil pessoas vivem com HIV na cidade, sendo a maioria do sexo masculino, com destaque para a faixa etária de 20 a 29 anos.
Yves Mauro Ternes destaca também a importância da conscientização e ressalta que as estratégias de combate ao HIV são fundamentais para conter a disseminação da doença. “O Dezembro Vermelho reforça o compromisso da Prefeitura de Goiânia em proporcionar acesso a informações e cuidados para a população, visando a redução dos casos e a melhoria da qualidade de vida das pessoas que vivem com HIV na cidade”, conclui.