SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Bolsa brasileira fechou em alta de 0,30% nesta quinta-feira (7), aos 126.009 pontos, com apoio das “small caps”, empresas menores e mais ligadas à economia doméstica, e da Vale, maior empresa do Ibovespa, que foi beneficiada pela alta do minério de ferro no exterior.

Na ponta negativa, a Petrobras registrou mais um dia de queda em suas ações preferenciais (sem direito a voto), acompanhando novamente o declínio do petróleo no exterior. A commodity está sendo cotado em seu menores patamares em cinco meses.

De acordo com análise da equipe do Itaú BBA, as sinalizações técnicas apontam para continuidade na tendência de alta no curto prazo, mas um cenário de realização de lucros, ou seja, quando investidores vendem ações que se valorizaram recentemente para efetivar os ganhos com os papéis, ainda existe.

Já o dólar passou o dia oscilando, mas terminou a sessão em leve alta de 0,14%, cotado a R$ 4,908, enquanto investidores aguardam um relatório de emprego dos Estados Unidos que será divulgado na sexta-feira (8), visto como crucial para alinhar apostas sobre o futuro dos juros americanos.

Economistas projetam abertura de 180 mil novas vagas de trabalho em novembro, acelerando antes as 150 mil do mês anterior.

No cenário doméstico, o mercado também aguarda definições sobre a pauta fiscal, em especial a votação da medida provisória que trata da isenção tributária para a subvenção de investimentos, a principal medida do governo para aumentar a arrecadação. O relatório da medida seria apresentado nesta quinta, mas foi adiado novamente.

A MP busca regulamentar decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) segundo a qual créditos fiscais concedidos por Estados e Distrito Federal devem ser incluídos na base de cálculo do IRPJ e CSLL, arrecadados pela União.

Mais cedo, ao chegar ao Ministério da Fazenda, Haddad disse a jornalistas que o governo concordou em conceder um desconto às empresas afetadas em caso de aprovação da MP e confirmou que a medida provisória também incorporará propostas de mudanças no mecanismo de Juros Sobre Capital Próprio (JCP).

“Tida como o calcanhar de aquiles deste governo, a responsabilidade fiscal é extremamente importante para que haja a continuidade da queda dos juros, o que impulsiona o mercado de renda variável”, afirmou Gonçalvez.