SÃO PAULO, SP, E RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) –

Um levantamento com 36 países que já divulgaram dados para o PIB (Produto Interno Bruto) do segundo trimestre de 2023 mostra que o crescimento médio dessas economias foi de 0,06% no período, segundo dados disponibilizados pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) até segunda-feira (4).

São 18 economias com crescimento, quatro com estabilidade e 14 com retração, na comparação com o trimestre anterior.

Nesta terça-feira (5), o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) informou que o PIB do Brasil cresceu 0,1% no terceiro trimestre deste ano, em relação aos três meses anteriores.

A China e os EUA se destacam entre os quatro países com os melhores resultados na amostra da OCDE, junto com a Polônia e a Costa Rica.

A maior economia da Ásia cresceu mais rápido do que o esperado no terceiro trimestre. O PIB dos EUA registrou o maior crescimento em quase dois anos, refletindo o aumento nos gastos do consumidor, no investimento privado e nos gastos do governo.

A Zona do Euro apresentou estabilidade no trimestre. Países da região enfrentam dificuldades devido aos altos custos de empréstimos. O Banco Central Europeu elevou sua taxa básica de juros para 4% ao ano em setembro, maior patamar desde a criação do euro, em 1999, em meio à batalha para derrubar a inflação.

As projeções do FMI (Fundo Monetário Internacional) apontam que a economia global deve desacelerar em 2023, apesar da expectativa de crescimento maior na China e praticamente igual nos EUA e no Brasil em relação ao ano passado. As economias europeias e a maior parte da América Latina e da Ásia devem perder fôlego.

Tanto o FMI quanto a OCDE esperam nova desaceleração no crescimento mundial em 2024.

Para o Brasil, a OCDE calcula que a expansão recuará de 3,0% este ano para 1,8% em 2024. O FMI espera desaceleração de 3,1% para 1,5%.