A atriz Leona Cavalli – Divulgação/Jonathan Giuliani

MÔNICA BERGAMO

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – No ar na novela “Terra e Paixão”, da Globo, a atriz Leona Cavalli usará um avião fretado para poder estar presente no casamento de José Celso Martinez Corrêa e Marcelo Drummond, na noite desta terça (6), no Teatro Oficina, na região central de São Paulo.

Como o folhetim é filmado no Rio de Janeiro e a artista não conseguiu liberação das gravações na data do evento, ela viajará para a capital paulista de carona com um amigo, em um avião fretado por ele. “Vou dar um jeito de ir para São Paulo correndo e voltar logo depois”, diz Leona à reportagem, em mensagem encaminhada por áudio.

“É um acontecimento histórico esse casamento”, completa a atriz, que interpreta Gladys na trama. “O encontro do Marcelo e do Zé Celso é um gerador de cultura. A celebração virou uma festa da cultura”, acrescenta.

Leona começou a carreira no Oficina. Na cerimônia, ela dará uma bênção ao casal usando tochas. “É [um ritual] que faz parte da tradição ancestral do teatro”, explica.

O casamento será “artístico-ecumênico”, segundo define o ator e diretor Ricardo Bittencourt, organizador da celebração. Além de Leona, outros artistas e personalidades vão se apresentar no evento.

Marina Lima cantará na entrada dos noivos, que se conheceram ao som de “Fullgás”, um de seus hits. Daniela Mercury se apresentará ao fim.

Marcelo e Zé Celso se conheceram no Teatro Oficina, em 1986. Um mês depois estavam dividindo apartamento, e assim continuam até hoje, numa relação de amor e companheirismo, em que o sexo está longe de ser uma das prioridades.

“Estamos casados pela vida que vivemos, compartilhamos tudo. Moramos juntos, mas não transamos há mais de 20 anos, cada um tem seus amantes”, disse Drummond à reportagem, deixando transparecer que a postura libertária e dionisíaca do companheiro -e dele também- não se restringe ao discurso e às suas produções teatrais.

A decisão de oficializar a união veio por questões práticas. Personagem fundamental na história do teatro brasileiro e um dos fundadores do Oficina, Zé Celso não tem herdeiros diretos e preocupa-se com a burocracia que seu companheiro irá enfrentar depois de sua morte.