RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – O chá semanal e o imponente prédio secular -réplica do Petit Trianon de Versalhes- não existem tal como na Academia Brasileira de Letras, mas os tradicionais fardões e as 56 cadeiras com nomes de grandes patronos fazem parte do rito da Academia Brasileira de Cultura (ABC), que nesta terça-feira (14) nomeou 13 novos acadêmicos como a ministra da Cultura, Margareth Menezes, a atriz Gloria Pires, as cantoras Daniela Mercury, Alcione e Liniker, entre outros.

“Nunca pensei entrar para uma Academia Brasileira. É meio louco, mas agradeço”, disse a baiana, que se assustou com a palavra “imortal”. “Que isso? Forte, né? Nunca me imaginei imortal. Mas eu acredito em reencarnação e por isso todos nós somos imortais de qualquer maneira”, comentou Margareth, que ocupou a cadeira 28, que tem a cantora Emilinha Borba como patrona.

Também nova acadêmica, Liniker se emocionou ao vestir o fardão confeccionado em vinho e com aplicações em dourado pelo Instituto Zuzu Angel (ninguém revela o preço final do uniforme que é dado pela casa), que simbolizam o amor e a riqueza de espírito dos membros da ABC.

“É uma responsabilidade, uma honraria. Vestir esse traje me fez ver que ser reconhecida do meu fazer cultural é muito especial”, observa a cantora, ocupante agora da cadeira 51, cuja patrona é Elza Soares.

A Academia Brasileira de Cultura foi fundada em dezembro de 2021 e atualmente é presidida pelo educador Carlos Alberto Serpa. A instituição surgiu como uma resposta à demanda de artistas de diversas áreas para discutir ideias e projetos que visassem fortalecer o cenário cultural no Brasil.