SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – No final de semana de muito calor, em que as temperaturas estiveram na casa dos 40°C, os banhistas que lotaram as praias de São Vicente, na Baixada Santista, sofreram com arrastões que causaram desespero e insegurança na tarde de domingo (12).
Os arrastões ocorreram nas praias do Itararé e Gonzaguinha, por volta das 17h. Imagens de câmeras de segurança e de banhistas nas redes sociais mostram as praias lotadas de banhistas, quando começa uma confusão, com muito correria e gritaria.
Um grupo de cerca de 30 criminosos começa o arrastão na faixa de areia e no calçadão. Muitas pessoas, inclusive com crianças, correm em direção ao mar e à rua, na tentativa de se proteger dos criminosos.
Durante os arrastões, acontecia a 14ª Parada do Orgulho LGBT, na praia do Itararé, onde também houve registros de furtos e roubos.
A Polícia Militar e a GCM (Guarda Civil Municipal) foram acionadas. Os militares usaram bombas de gás lacrimogêneo para tentar controlar a situação. Os criminosos atiraram pedras contra os agentes de segurança.
Os banhistas ficaram no meio da confusão e, com medo, alguns entraram dentro de quiosques para tentar se proteger das pedradas e das bombas de gás.
Em uma rede social, o prefeito Kayo Amado (Podemos) disse que já tinha cobrado maior policiamento na cidade.
“Não foi por falta de aviso. Na última reunião de prefeitos da Baixada eu alertei, cobrei, e insisti mais uma vez por apoio do Comando da PM para nossa região. É preciso maior policiamento. O município não tem polícia. É o estado que tem. E precisamos de mais força aqui”, escreveu.
Amado afirmou que contatou o comandante geral da PM.
“Dias como o de hoje [domingo] não podem ocorrer. Estamos cansados de cobrar apoio, aumento do efetivo, e antecipação da operação verão. Eu estive pessoalmente rondando a cidade hoje [ontem] e cobrei durante o dia mais efetivo. Precisamos de mais. Não dá mais para esperar. O estado, que é o responsável pela segurança pública precisa direcionar esforços para cá!”, afirmou em uma postagem em uma rede social.
A Folha de S.Paulo questionou a SSP (Secretaria da Segurança Pública) e a PM, mas não recebeu resposta até esta publicação.