A exoneração de mais de 160 servidores comissionados no Paço Municipal de Goiânia em várias pastas da administração, publicada no Diário Oficial da quarta-feira (1º), gerou polêmica. A ação aconteceu uma semana após críticas feitas pelo Bloco Vanguarda, formado por seis vereadores, ao presidente da Câmara Municipal, Romário Policarpo (Patriota), membro do Grupo de Apoio ao Prefeito (GAP).

Entre os nomes exonerados está o secretário de Desenvolvimento e Economia Criativa, Diogo Franco, irmão do vereador líder do Vanguarda, Igor Franco (Solidariedade). Além disso, Gizza Lemos, esposa do vereador Welton Lemos (Podemos), também foi exonerada do posto de chefe de gabinete do Instituto Municipal de Assistência à Saúde dos Servidores de Goiânia (Imas).

A prefeitura informou que as exonerações fazem parte da reforma administrativa que já havia sido anunciada pela atual gestão municipal. No entanto, o Bloco Vanguarda afirma que as demissões são uma retaliação às críticas feitas a Policarpo. Além de Igor e Lemos, fazem parte do grupo os vereadores Gabriela Rodart (PT), Lucas Kitão (PSD), Paulo Magalhães (União Brasil) e Markim Goyá (Patriota).

Críticas do Bloco Vanguarda

Na última semana, Franco utilizou a sessão da Câmara para criticar Policarpo, afirmando que as crises entre o legislativo e a prefeitura nos últimos meses beneficiaram o presidente da Casa de alguma forma. Segundo o vereador, a falta de avanço nas ações do executivo foi ocasionada pela falta de interferência do representante do Patriota.

Outro ponto criticado foi a denúncia sobre possíveis irregularidades em contratos da Câmara relacionados ao serviço de publicidade, aluguéis de carros e reforma de um auditório e a cobrança para a eleição para eleger o novo 1º vice-presidente da Casa. Os problemas em contratos e a influência apontada de Policarpo nas secretarias Municipais foram negadas pelo presidente no dia anterior.