Micheliny Verunschk é uma escritora e historiadora brasileira, nascida em Pernambuco em 1972. Autora de livros de contos, poesias e romances, Verunschk é reconhecida por sua prosa poética e por sua abordagem de temas relevantes, como memória, colonialismo e pertencimento. Micheliny Verunschk é uma escritora e historiadora brasileira, nascida em Pernambuco em 1972. Autora de livros de contos, poesias e romances, Verunschk é reconhecida por sua prosa poética e por sua abordagem de temas relevantes, como memória, colonialismo e pertencimento. O romance O som do rugido da onça (2021) foi vencedor do Prêmio Jabuti de melhor romance literário e do terceiro lugar do prêmio Oceanos. A obra conta a história de duas crianças indígenas que foram raptadas no Brasil do século XIX por naturalistas alemães. Verunschk dá voz às crianças indígenas, subvertendo a historiografia hegemônica, que costuma retratar os povos originários como seres passivos e primitivos. A obra de Micheliny Verunschk é um importante contributo para a literatura brasileira. Sua prosa poética e sua abordagem de temas relevantes tornam-na uma voz potente na cena literária contemporânea.
Confira um resumo do livro:
Em 1817, Spix e Martius desembarcaram no Brasil com a missão de registrar suas impressões sobre o país. Três anos e 10 mil quilômetros depois, os exploradores voltaram a Munique trazendo consigo não apenas um extenso relato da viagem, mas também um menino e uma menina indígenas, que morreriam pouco tempo depois de chegar em solo europeu. Em seu quinto romance, Micheliny Verunschk constrói uma poderosa narrativa que deixa de lado a historiografia hegemônica para dar protagonismo às crianças ― batizadas aqui de Iñe-e e Juri ― arrancadas de sua terra natal. Entrelaçando a trama do século XIX ao Brasil contemporâneo, somos apresentados também a Josefa, jovem que reconhece as lacunas de seu passado ao ver a imagem de Iñe-e em uma exposição. Com uma prosa embebida de lirismo, este é um livro sem paralelos na literatura brasileira ao tratar de temas como memória, colonialismo e pertencimento.