Trabalhadores administrativos da Educação em Goiânia completam nesta quarta-feira (25/10), 23 dias corridos de braços cruzados. Há pelo menos dez dias, também mantém um acampamento por 24 horas. A Prefeitura até apresentou uma proposta, recusada pela categoria. O Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego) que lidera as negociações viu a proposta muito abaixo do que havia sido reivindicado.

Na pauta, está a equiparação do auxílio-transporte que os servidores recebem que hoje é de R$ 300,00. Eles desejam receber os mesmos R$ 730,00 recebidos pelos professores. Além do pagamento imediato de 6% da database, mas o ponto mais sensível mesmo está na reformulação da carreira. 

Na proposta do Paço Municipal está o reajuste do auxílio locomoção em 50% e pagar o reajuste da data base em dezembro. A discussão do plano de carreira ficaria para o fim do ano. Para a presidente do Sintego, a deputada estadual Bia de Lima os números não atendem a categoria.

Ontem (24/10) em meio a comemoração ao aniversário de Goiânia, o prefeito Rogério Cruz (Republicanos) ouviu de perto vaias de servidores que com gritos de guerra protestavam suas demandas no desfile cívico-militar em comemoração aos 90 anos da capital.

Enquanto isso, os grevistas garantem que irão permanecer com braços cruzados. A Prefeitura afirma que seguirá com as negociações. Leia a nota do Paço na íntegra:

A Prefeitura de Goiânia segue aberta ao diálogo com os servidores administrativos da Educação. Foi proposto reajustar o auxílio locomoção em 50% e pagar o reajuste da data base em dezembro, bem como discutir um novo plano de carreira a partir de dezembro.

A gestão ressalta que garante, todos os meses, os direitos já adquiridos pelos servidores. Na atual administração, os administrativos foram beneficiados com a criação do auxílio locomoção de R$ 300 e com o pagamento de três datas-bases que estavam em atraso. 

Além disso, a administração convocou concursados para reforçar o trabalho da categoria e criou uma comissão para reformular o plano de carreira dos servidores. 

A gestão municipal informa que continuará atuando para garantir atendimento nas unidades de ensino, como ocorreu ao longo da semana anterior, uma vez que paralisações podem afetar a rotina dos estudantes e suas famílias.