Deputado Celso Sabino (União-PA) discursa no plenário da Câmara (Crédito: Najara Araújo / Câmara dos Deputados)

FÁBIO ZANINI

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Integrantes da cúpula do União Brasil têm avaliado o nome do deputado Celso Sabino (União-PA) como uma boa opção para assumir um ministério caso o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decida rever as pastas entregues à legenda.

O líder Elmar Nascimento (BA) expressou na quarta-feira (31) a Lula a insatisfação com a forma como os ministérios foram distribuídos e fez um briefing sobre como a bancada da Câmara não se sente representada. O ex-presidente do Senado Davi Alcolumbre (União-AP) foi o avalizador das escolhas.

Segundo relatos, o presidente ouviu, mas não avançou sobre a possibilidade de substituição.

Celso Sabino tem bom trânsito com Elmar, com o presidente da legenda, Luciano Bivar (PE), e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Por isso, estaria mais bem posicionado e teria mais capacidade de articulação para angariar os votos em matérias importantes para o governo.

Nesse caso, para agradar os parlamentares do partido, a substituição teria de acontecer no Ministério do Turismo, chefiado hoje por Daniela Carneiro. A ministra deve deixar o União no período da janela para se filiar ao Republicanos, o que abriria o espaço para alguém alinhado à cúpula.

Ainda assim, as apostas são de que a relação possa melhorar, mas deve continuar conflituosa. O Turismo é tido como um ministério pouco atrativo pelo baixo orçamento e permanecem as críticas em relação a nomeação de cargos e pagamento de emendas.

Nesta quinta-feira (1º), Lula disse que só fará uma reforma ministerial caso haja uma “catástrofe”. ” Por enquanto, o time está jogando melhor que o Corinthians”, brincou.

Já Lira, em entrevista à GloboNews, defendeu que Lula reveja as pastas para ampliar a base.

“É lógico que em uma conversa entre líderes, parte da articulação política ou com o presidente da República ou com o presidente da Câmara, que essa mesma solução seja dada para outros partidos que ele queira [para] aumentar a base. O que há de errado nisso? O que há de diferente nisso? O que há de estranho nisso?”, afirmou Lira.