SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Mark Dickey, um espeleólogo americano de 40 anos, foi resgatado nesta terça-feira (12) de uma caverna após ficar preso por mais de uma semana a uma profundidade de 1.040 metros abaixo do solo na Turquia.
Dickey, que sofreu uma hemorragia intestinal no dia 2, teve que ser retirado de maca da caverna Morca, localizada no sul do país. Ela é a terceira mais profunda da Turquia, com o ponto mais baixo de cerca a 1,3 quilômetro de profundidade.
O cientista chegou à superfície por volta das 12h37 desta terça (horário local). Ele agradeceu ao governo turco por salvar sua vida com uma resposta rápida, bem como à comunidade espeleológica internacional e às equipes de resgate, segundo apurou o jornal The Guardian.
Um grande esforço internacional foi realizado para resgatá-lo, envolvendo cerca de 190 especialistas de sete países.
“É incrível estar novamente acima do solo. Fiquei no subsolo por muito mais tempo do que esperava”, disse Mark Dickey, espeleólogo.
Dickey estava mapeando o sistema de cavernas com um grupo de pesquisadores, nas montanhas Taurus, quando ele adoeceu. As causas não foram divulgadas.
O cientista foi levado a um hospital regional, onde está recebendo tratamento médico.
RESGATE DIFÍCIL
Durante a subida, ele foi carregado por passagens estreitas, pingando água. A equipe de resgate percorreu câmaras subterrâneas escuras, em meio a temperaturas de 4 a 6 graus Celsius.
Houve paradas em acampamentos ao longo do caminho, e Dickey recebeu descanso e tratamento médico, segundo a ABC News.
O resgate, que levou três dias para ser concluído, começou no sábado, depois que os médicos, que administraram fluidos intravenosos e sangue, determinaram que Dickey estaria apto a se submeter à árdua subida.
As equipes de resgate tiveram que alargar algumas das passagens estreitas da caverna, instalar cordas para puxá-lo para cima na maca e montar acampamentos temporários ao longo do caminho.
A Associação Europeia de Resgate em Cavernas, da qual Dickey faz parte, expressou em um comunicado postado nas redes a sua “enorme gratidão aos muitos socorristas de sete países diferentes que contribuíram para o sucesso desta operação de resgate em cavernas”.
Os pais do cientista disseram que ficaram cheios de “alegria incrível” com a notícia de sua remoção segura da caverna, segundo o The Guardian.