SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – O avanço de uma nova frente fria nesta terça-feira (8) vai aumentar a instabilidade e provocar acumulados de chuva de até 100 milímetros em parte do Rio Grande do Sul, podendo atingir as mesmas áreas impactadas pela fortes chuva dos últimos dias, diz o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia). A passagem de um ciclone deixou 41 mortos no estado.
PREVISÃO DO TEMPO PARA A REGIÃO
No decorrer do dia há risco de chuva forte nos três estados da região Sul, diz o Climatempo. Conforme o site, na Grande Porto Alegre e também na região dos Vales do Caí e do Taquari -onde estão as cidades mais afetadas pela passagem do ciclone- a chuva prossegue durante quase toda a sexta-feira, e pode ser moderada a forte em algumas horas.
A capital gaúcha e outras cidades foram atingidas por uma forte chuva na noite de ontem. O ministro da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, disse que não houve registro de “maiores problemas”. Em entrevista à Globonews, ele relatou que o acumulado de chuva foi de 100 milímetros.
O Inmet alerta a população para a importância de acompanhar as atualizações da previsão do tempo e dos avisos meteorológicos especiais, além de seguir as recomendações da Defesa Civil.
Também há risco de chuva forte nos estados de Santa Catarina e Paraná, incluindo as capitais de Florianópolis e Curitiba. Santa Catarina registrou uma morte após passagem do ciclone.
Não haverá outro ciclone extratropical sobre o Rio Grande do Sul. Segundo o Climatempo, um ciclone extratropical de forte intensidade se organiza sobre o oceano, na costa do Uruguai e da província de Buenos Aires, mas não terá nenhuma influência sobre a chuva que já ocorre sobre o Rio Grande do Sul. Ele não vai não vai avançar para o Sul do Brasil e nem para o Sudeste.
TRAGÉDIA AFETOU MAIS DE 10 MIL PESSOAS
A tragédia no Sul já deixou 42 mortos (41 deles no RS e um em SC) e 10,5 mil desalojados e desabrigados. Esta já é considerada a maior tragédia natural no Rio Grande do Sul das últimas décadas.
Jair Maffi, coordenador da Defesa Civil de Passo Fundo (RS), disse, em entrevista ao UOL News, que a última chuva com um volume tão expressivo foi registrada na região há 22 anos, em 2001.
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), pediu que pessoas que desejam fazer doações para os atingidos pela tragédia no estado não se desloquem para as regiões afetadas pelo ciclone. As doações devem ser feitas somente nos pontos de coletas, disponibilizados no site da Defesa Civil (confira aqui onde doar), orientou o político.