SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), é aprovado por 30% dos eleitores da capital do estado. Para outros 38% dos paulistanos, seu governo é regular, enquanto 27% o consideram ruim ou péssimo.

Os números foram apurados pelo Datafolha em sua mais recente pesquisa de opinião em São Paulo, que também mostrou a intenção de voto na corrida municipal de 2024 e a avaliação de atores políticos na cidade.

O levantamento foi feito nesta semana, na terça (29) e na quarta (30), com 1.092 entrevistas de eleitores. A margem de erro é de três pontos para mais ou para menos.

O desempenho do governador é inferior ao registrado no estado como um todo, fazendo a ressalva de que a comparação é com o único levantamento do Datafolha disponível sobre seu governo até aqui, feito em abril. Os números, claro, podem ter mudado.

Naquela pesquisa, 44% dos paulistas consideravam o governo ótimo ou bom, ante 11% que o rejeitavam. A avaliação regular batia com a atual na capital: 39%.

O governador foi uma das grandes surpresas da corrida eleitoral do ano passado, desbancando o PSDB da disputa pelo segundo turno com Fernando Haddad (PT). Tarcísio foi escolhido para a disputa pelo então presidente Jair Bolsonaro (PL), de quem era ministro da Infraestrutura.

Sem traquejo político, mas com a costura no estado sendo feita pelo presidente do PSD, o hoje secretário estadual de Governo Gilberto Kassab, Tarcísio colou no voto bolsonarista majoritário no estado. No segundo turno, ele e o ex-chefe tiveram os mesmos 55% de votos válidos, com a diferença de que nacionalmente Bolsonaro perdeu para o petista Lula.

Mas na capital a história foi outra, com o hoje ministro da Fazenda Haddad derrotando o governador por 54,5% contra 45,5% dos válidos.

A tendência à esquerda será posta à prova no ano que vem, com Guilherme Boulos (PSOL) largando na frente nessa mesma pesquisa, com 32% das intenções de voto, ante 24% do prefeito Ricardo Nunes (MDB), apoiado por Tarcísio.

Na cidade, o governador encontra mais resistência entre aqueles mais instruídos (35% de rejeição) e os que reprovam a gestão de Nunes (61%). Tem mais apoio entre evangélicos associados ao bolsonarismo (37%), pessoas com 60 anos ou mais (37%) e, com sinal invertido, entre eleitores potenciais do atual prefeito (49%).

Além de questões gerais do estado, atrapalham a vida de Tarcísio entre os paulistanos problemas na área de segurança. O governador tentou um trabalho conjunto com Nunes para mitigar os efeitos da expansão da cracolândia, mas até aqui os resultados não foram palpáveis —enquanto vaivéns acerca de políticas públicas, uma marca de seu governo, se mostraram frequentes.