SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A campanha de vacinação contra a gripe no estado de São Paulo será prorrogada até o dia 15 de setembro, segundo a Secretaria de Estado da Saúde. A vacinação está disponível para pessoas acima de seis meses.

A cobertura vacinal registrada no estado era de 49,5% em 25 de agosto, sendo que no dia final de julho era de 47,1%, o resultado mostra uma melhora na adesão à vacinação, mas ainda bem distante da meta, que é de 90%.

Nos primeiros cinco meses de 2023, foram aplicadas 6,1 milhões de doses da vacina, mas com as prorrogações sucessivas da campanha, foram aplicadas mais 6,5 milhões de doses em pouco mais de três meses, levando a um total de 12.747.837 milhões de doses.

Neste ano, a Secretaria da Saúde já registrou 241 óbitos decorrentes de casos graves causados pela infecção dos diversos tipos de vírus Influenza. A vacinação é eficaz em evitar o agravamento da doença. No mesmo período de 2022, foram 275 óbitos confirmados, o que representa uma redução de 22,4% este ano. O número de casos, no entanto, cresceu 50,3%, de 1.691 no ano passado para 2.543 registrados até agosto deste ano.

A gripe geralmente causa febre, espirros, nariz congestionado, cansaço e dores no corpo, mas crianças menores de 6 anos de idade, idosos, gestantes e pessoas com comorbidades, podem desenvolver um quadro mais grave levando até a morte. Entre esses grupos, crianças e idosos foram os que mais aderiram à vacinação — 38,5% entre os mais jovens e 57,2% entre os mais velhos.

VACINA PRECISA DE REFORÇO ANUAL

Como o vírus tem alta capacidade de mutação e muda suas características ao longo do tempo, é preciso se imunizar todos os anos. A cepa do vírus H1N1 usada em 2023, por exemplo, é diferente da que foi usada para produzir os imunizantes no ano passado.

Produzida com vírus inativados das três principais cepas em circulação no hemisfério sul, a vacina faz com que o organismo produza anticorpos contra a infecção e estimule a memória das células para que elas aprendam a lidar com o vírus. Menos de 10% das pessoas que recebem a vacina desenvolvem febre, mal-estar e dores musculares. Reações alérgicas são consideradas raras, diz a pasta da saúde.