Da Redação

Reportagens recentes apontam que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes manteve uma comunicação frequente com o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, em meio à análise da venda do Banco Master ao Banco de Brasília (BRB). De acordo com informações divulgadas pela imprensa, Moraes teria feito seis ligações em um único dia para tratar do andamento da operação.

Os contatos, segundo os relatos, fazem parte de uma série de conversas entre o ministro e o chefe da autoridade monetária, incluindo ao menos um encontro presencial. A movimentação ocorreu enquanto o Banco Central avaliava internamente a transação que poderia viabilizar a incorporação do Banco Master pelo BRB, processo cercado de divergências técnicas dentro da própria autarquia.

A divulgação das ligações gerou repercussão política e institucional, especialmente porque o ministro nega ter feito telefonemas com esse objetivo. Em nota, Moraes afirmou que as tratativas mantidas com Galípolo tiveram outro foco e negou qualquer tentativa de pressão relacionada ao negócio financeiro.

O caso ganhou ainda mais atenção após vir à tona a existência de vínculos profissionais entre o Banco Master e o escritório de advocacia da esposa do ministro, o que ampliou o debate público sobre possível conflito de interesses. Diante do cenário, parlamentares passaram a discutir a abertura de investigações para apurar a regularidade das condutas e dos contratos envolvidos.

Enquanto isso, o Banco Central sustenta que todas as decisões referentes à operação seguiram critérios técnicos e institucionais. O episódio segue em discussão e deve continuar no centro do noticiário político nos próximos dias.