A REDAÇÃO

O Brasil encerrou 2025 com um calendário robusto de grandes eventos culturais, esportivos e diplomáticos, consolidando-se como um dos principais destinos globais para o turismo de eventos e negócios. De grandes shows populares a encontros internacionais de alto nível, o país ampliou sua visibilidade no cenário internacional e impulsionou diferentes setores da economia.

Ao longo do ano, o impacto econômico gerado por eventos como Carnaval, feiras, cúpulas internacionais, Fórmula 1 e grandes apresentações musicais superou R$ 180 bilhões. O Carnaval de 2025, por exemplo, mobilizou mais de 53 milhões de pessoas em todo o país e gerou receitas superiores a R$ 12 bilhões, beneficiando diretamente áreas como hotelaria, transporte e alimentação fora do lar.

A realização de encontros internacionais, como a COP30 e a Cúpula do BRICS, reforçou o papel do Brasil como hub logístico e diplomático, ao mesmo tempo em que fortaleceu sua imagem como destino capaz de sediar eventos de grande porte. Segundo o ministro do Turismo, Celso Sabino, o desempenho de 2025 evidenciou a capacidade do país de unir grandes agendas culturais e institucionais, gerando emprego, renda e infraestrutura permanente.

Os reflexos desse aquecimento também foram sentidos no mercado de trabalho. Dados da Associação Brasileira dos Promotores de Eventos indicam que o setor registrou mais de 201 mil empregos formais em outubro de 2025, número 80,9% superior ao observado no período pré-pandemia. O consumo estimado no segmento alcançou R$ 115,6 bilhões entre janeiro e outubro, o maior valor da série histórica.

Além dos resultados econômicos imediatos, os eventos deixaram um legado estrutural. Em Belém, a preparação para a COP30 envolveu investimentos superiores a R$ 4,2 bilhões, promovendo melhorias urbanas duradouras e movimentando mais de R$ 11 bilhões na região metropolitana, além da geração de milhares de empregos.

Eventos culturais de grande alcance também tiveram impacto relevante. O show da cantora Lady Gaga, realizado em Copacabana em maio, reuniu entre 1,6 milhão e 2 milhões de pessoas e gerou cerca de R$ 600 milhões para a economia local, com alta ocupação hoteleira na Zona Sul do Rio de Janeiro. No segmento de cultura pop, a CCXP25 manteve o Brasil como referência internacional, com movimentação econômica estimada em R$ 1,4 bilhão.

O setor de feiras e congressos reforçou esse desempenho. A Agrishow, em Ribeirão Preto, concentrou bilhões em intenções de negócios e atraiu profissionais do agronegócio de diversas regiões. A retomada do Salão do Automóvel, em São Paulo, e a consolidação do Web Summit Rio, com participantes de mais de 100 países, confirmaram a capacidade do país de atrair eventos ligados à tecnologia, inovação e indústria.

Com um calendário distribuído ao longo do ano e eventos realizados em diferentes regiões, o turismo de eventos passou a exercer um papel estratégico no desenvolvimento econômico e na projeção internacional do Brasil. A combinação entre capacidade organizacional, diversidade cultural e infraestrutura reforçou o posicionamento do país como um destino preparado para receber grandes encontros globais.