Da Redação
A participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes na inauguração do SBT News desencadeou forte reação entre apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro. A insatisfação se voltou especialmente contra a Havan, que passou a ser alvo de críticas por manter investimentos publicitários na emissora.
Nas redes sociais e em grupos de WhatsApp ligados à direita, começou a circular uma mobilização para pressionar a empresa comandada por Luciano Hang a romper com o SBT. Comentários em massa invadiram os perfis oficiais da varejista, acompanhados de mensagens que incentivam o boicote à marca. A hashtag “HAVAN FORA DO SBT” se tornou um dos principais slogans do movimento.
Entre os manifestantes, o tom é de ataque direto à emissora, que passou a ser apelidada de “SPT”, numa tentativa de associar o canal ao Partido dos Trabalhadores. Alguns usuários afirmam que deixarão de consumir produtos da Havan enquanto a empresa seguir vinculada ao SBT.
Apesar da pressão, a Havan mantém uma estratégia ampla de publicidade na televisão. Além de patrocinar atrações como o Domingo Legal, apresentado por Celso Portiolli, a empresa também anuncia em outras redes, inclusive na Globo, em intervalos de novelas de grande audiência.
Até agora, a companhia não se pronunciou oficialmente sobre a campanha de boicote. No histórico recente, Luciano Hang chegou a participar de encontros com a família Abravanel e outros grandes anunciantes, reforçando a relação próxima e duradoura entre a varejista e o SBT.
A tensão em torno da emissora aumentou ainda mais após o cancelamento do especial de Natal “Natal é Amor”, estrelado por Zezé Di Camargo. A atração foi retirada da grade depois de declarações polêmicas do cantor envolvendo as filhas de Silvio Santos, o que ampliou o desgaste do canal junto a parte do público mais ideologizado.






