Da Redação

A passagem de Leonardo Jardim pelo Cruzeiro chegou ao fim logo após a eliminação da equipe na semifinal da Copa do Brasil. Derrotada pelo Corinthians nas cobranças de pênaltis no domingo, 14, a Raposa confirmou nesta segunda-feira, 15, que o treinador português não seguirá no comando do time, mesmo tendo vínculo contratual até o final de 2026.

A saída não foi motivada por uma decisão da diretoria, mas sim por uma escolha pessoal do próprio técnico. Internamente, Jardim já vinha sinalizando, há alguns meses, que pensava em encerrar sua trajetória à beira do gramado. O assunto ganhou força nos bastidores desde outubro, quando, após um jogo contra o Palmeiras, ele mencionou publicamente a possibilidade de concluir seu ciclo como treinador.

Mesmo diante das tentativas do Cruzeiro para garantir sua permanência, Leonardo Jardim se manteve firme. O presidente do clube, Pedro Lourenço, chegou a colocar na mesa uma proposta robusta, que incluía reajuste salarial, prolongamento do contrato e até a chance de o português migrar para uma função administrativa a partir de 2027. Nenhuma das alternativas, porém, foi suficiente para mudar sua decisão.

A temporada ainda nem começou oficialmente, o que aumenta a pressão sobre a diretoria celeste. O primeiro compromisso de 2026 está marcado para o dia 10 de janeiro, um sábado, quando o Cruzeiro estreia no Campeonato Mineiro. Até lá, o clube precisa definir quem assumirá o comando técnico.

Durante sua passagem pela Toca da Raposa, Leonardo Jardim esteve à frente do time em 55 jogos. Foram 26 vitórias, 18 empates e 11 derrotas, números que resultam em um aproveitamento próximo de 54%. Com a saída do treinador, o Cruzeiro dá início a um novo planejamento e busca reorganizar o elenco e a comissão técnica para a próxima temporada.