Da Redação

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, questionou a validade dos documentos médicos usados pela defesa de Jair Bolsonaro para justificar um pedido de internação e de cirurgia no hospital DF Star, em Brasília. Segundo o magistrado, os laudos entregues pelos advogados são antigos e não comprovam necessidade imediata de intervenção.

De acordo com a decisão, o exame mais recente anexado ao processo foi feito há três meses, período em que não houve qualquer recomendação médica de urgência ou risco iminente que justificasse o procedimento solicitado.

Diante da inconsistência das informações, Moraes determinou que a Polícia Federal realize, em até 15 dias, uma perícia médica oficial para verificar se Bolsonaro realmente precisa da cirurgia mencionada pela defesa. O ex-presidente está detido na Superintendência da PF desde 22 de novembro e, segundo o ministro, não relatou qualquer quadro urgente no momento da prisão.

Bolsonaro passou por sua última cirurgia em setembro, quando removeu lesões na pele sob cuidados do médico Claudio Birolini, responsável também por outro procedimento realizado em abril, no intestino.

A defesa insiste que o ex-presidente necessita de uma nova avaliação, pedindo autorização para a realização de um ultrassom que poderia ocorrer dentro da própria sede da Polícia Federal. O objetivo é confirmar a suspeita de uma hérnia inguinal bilateral.