Da Redação
A Justiça paulista decidiu que Tremembé, produção lançada pela Amazon Prime Video em outubro, continuará disponível na plataforma. A ex-detenta Sandra Regina Gomes, conhecida como Sandrão, havia solicitado a retirada imediata da série, alegando uso indevido de sua imagem e pedindo uma indenização de R$ 3 milhões por danos morais e materiais.
A juíza Ana Clara de Moura Oliveira, responsável pela decisão, entendeu que o tema exige uma apuração mais profunda ao longo do processo e que suspender a exibição agora seria uma forma de censura, algo proibido pela Constituição. Ela destacou que a liberdade de expressão carrega responsabilidades e pode gerar reparações futuras, mas que a remoção do conteúdo de imediato esvaziaria o andamento da ação.
A magistrada ainda propôs que Sandrão e a Amazon participem de uma audiência de conciliação para buscar um acordo antes de seguir para um confronto judicial mais longo.
Sandrão afirma que a série tem prejudicado sua vida pessoal e que a produção teria criado situações fictícias envolvendo seu nome, sem qualquer autorização. Segundo ela, a obra a retrata de forma distorcida e inventa episódios que nunca ocorreram.
A polêmica em torno da série ganhou novos capítulos após o roteirista e jornalista Ulisses Campbell divulgar uma carta de amor e uma peça íntima de Cristian Cravinhos, condenado pelo assassinato dos pais de Suzane von Richthofen. Ele tornou o material público após Cravinhos declarar que a produção era “mentirosa”.






