SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A morte de Mauri Lima, que ocorreu no domingo (7), deixou em luto a música sertaneja. O cantor, irmão de Chitãozinho e Xororó, sofreu um acidente de trânsito na Rodovia Régis Bittencourt, em Miracatu (SP).

A notícia repercutiu entre fãs e colegas de profissão, não apenas pela relação familiar com uma das duplas mais importantes do país, mas pela carreira sólida que construiu ao longo de mais de três décadas.

Antes de subir aos palcos, Mauri já vivia os bastidores da música. Ele começou trabalhando na produção dos shows de Chitãozinho e Xororó, experiência que abriu caminho para sua própria jornada artística. A virada aconteceu quando um diretor musical enxergou potencial em seu irmão, Maurício, e o convidou para iniciar um projeto musical. Mauri se uniu a ele e, juntos, formaram a dupla Maurício & Mauri.

O primeiro álbum, De Ponta a Ponta, apresentou canções que rapidamente ganharam força no cenário sertanejo, como “Olhos nos Olhos” e “Paixão ou Loucura”. Esta última, inclusive, teve uma nova versão lançada há apenas dois dias, em parceria com Chitãozinho & Xororó.

Ao longo da carreira, Maurício & Mauri lançaram outros oito discos e participaram de projetos importantes. Em 2003, integraram o Comitiva Brasil e foram indicados ao Grammy Latino com o álbum 100% Sertanejo, reconhecimento que consolidou o talento da dupla além do público tradicional do gênero.

Fora dos palcos, Mauri mantinha uma presença ativa nas redes sociais. Era comum vê-lo dividindo momentos ao lado da esposa, a apresentadora Andrea Fabyanna, além de registros do cotidiano e da rotina de trabalho. Seu perfil no Instagram reúne mais de 35 mil seguidores.

Mauri deixa a esposa e dois filhos: Maury Lima, que seguiu os passos do pai na música, e Beatriz Mattenhauer. A despedida precoce do cantor encerra uma trajetória marcada por dedicação, carinho do público e laços familiares que atravessaram diferentes gerações do sertanejo.