SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Um homem de 39 anos foi preso em flagrante na quinta-feira (4) por suspeita de atacar trens de carga na região da Baixada Santista, no litoral de São Paulo, e também por uma tentativa de extorsão.
Ele estava com um funcionário da empresa que administra as locomotivas, e pedia o pagamento de uma mensalidade para interromper os ataques no momento em que foi detido por policiais civis, segundo a SSP (Secretaria de Segurança Pública).
O próprio suspeito teria procurado representantes da empresa, a Rumo Logística, por mensagens de celular para oferecer uma trégua aos ataques, com a condição de que fossem pagos valores mensais, segundo a polícia. Funcionários marcaram um encontro na empresa, que foi monitorado por policiais.
A frequência de saques, incêndios e depredações contra trens da empresa em Cubatão e Santos havia aumentado nos últimos meses. Há pouco mais de uma semana, por exemplo, um trem de carregado de celulose foi incendiado em Cubatão, no quarto ataque registrado em cerca de um mês.
“Essas ocorrências já estavam sob investigação, sendo constatado que os criminosos danificavam as locomotivas cortando mangueiras de ar, furtando cabos de energia ou realizando outras ações de sabotagem, até mesmo para acessar os vagões e furtar os produtos”, afirmou a SSP, em nota. “A partir de outubro, o bando passou a incendiar os vagões, alguns ainda em movimento, colocando em risco até mesmo quem mora nas imediações dos trilhos.”
Para demonstrar que tinha controle sobre os ataques às locomotivas, o suspeito informou a funcionários da empresa que não haveria ocorrências durante uma semana, ainda segundo a secretaria.
O homem foi levado à 5ª Disccpat, do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), onde permaneceu preso. A Polícia Civil deve continuar a investigar o caso para identificar outros suspeitos
Procurada, a Rumo Logística afirmou que “está colaborando com as autoridades nas investigações”.
relacionadas às ocorrências registradas na Baixada Santista” e que “preza pela segurança de seus profissionais e das comunidades vizinhas à ferrovia”.
A empresa ressaltou que a população pode continuar contribuindo com informações sobre os ataques por meio dos canais oficiais da polícia (telefonando ao número 190 para emergências, e 181 para o Disque Denúncia).



