SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Gabriel Leone, Alice Carvalho e Tânia Maria, integrantes do elenco de “O Agente Secreto”, comandaram um dos encontros que mais empolgaram o público na tarde desta sexta-feira (5) na CCXP. Quem mais arrancou aplausos foi a intérprete de dona Sebastiana no longa. A atriz de 76 anos foi ovacionada, com boa parte dos espectadores ficando de pé para homenageá-la.
Junto ao elenco, o painel também trouxe a perna cabeluda, lenda recifense que aparece no filme. O objeto, que imitava uma perna humana decepada e em decomposição, ficou ao lado dos atores durante todo o painel.
Os artistas falaram sobre o caminho do longa, que se aproxima de 1 milhão de espectadores no Brasil, sobre a passagem por Cannes e sobre a expectativa para o Oscar. “A premiere foi lindíssima. Tudo fluiu muito bem nas filmagens e a sensação é de que tudo que está acontecendo agora tem o mesmo tom”, disse Alice Carvalho, lembrando ainda o orgulho de integrar “esse momento do cinema nacional”.
O público também acompanhou vídeos de homenagem ao filme, em estilo de “edit” com cenas de Wagner Moura e outros membros do elenco em momentos que viralizaram durante a divulgação do filme. Além desses clipes, Wagner e o diretor Kleber Mendonça Filho enviaram um vídeo exclusivo em que agradeceram ao público e celebraram o sucesso do longa. Ambos os registros, no entanto, não puderam ser gravados pela plateia durante o painel.
O painel também contou com a apresentação de “O Rei da Internet”, filme estrelado por João Guilherme e dirigido por Fabrício Bittar. O ator subiu ao palco ao lado de Daniel Nascimento, hacker cuja história inspirou o filme, e do diretor. A equipe exibiu um teaser exclusivo e revelou que o longa chega aos cinemas em 2 de abril.
No palco, os convidados comentaram o desafio de transportar para o cinema uma história real marcada por riscos, vulnerabilidade e crimes digitais. João Guilherme contou que precisou revisitar a estética e o comportamento dos anos 2000.
“Era uma época em que a internet tinha um charme bem caótico e isso dava um poder para quem realmente sabia mexer na internet e conseguia quebrar os códigos das proteções”, avaliou. O ator também disse que colaborou dando “diversos pitacos” no figurino do filme.
Já Fabrício explicou que conversou longamente com Daniel para compreender a essência do personagem e evitar romantizações. “O mais legal do cinema é mostrar a verdade e deixar o público questionar”, disse o diretor, citando o impacto atual dos golpes virtuais hoje no Brasil.
Daniel Nascimento, que viveu todo o caos retratado no longa, relatou o choque ao ver seu passado transformado em roteiro. Ele contou que também chegou a hackear o diretor ao mandar um link que tirava uma foto dele ao clicá-lo.



