SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Em meio à alta do feminicídio e recentes casos de violência contra a mulher, foi convocado um ato de protesto, organizado pelo Movimento Nacional Mulher Vivas, na avenida Paulista, às 14h.
A deputada Sâmia Bomfim (PSOL) solicitou reforço da segurança para a manifestação na cidade de São Paulo, mas recebeu uma negativa da Polícia Militar.
Na resposta encaminhada para a parlamentar, a PM afirma que a solicitação foi realizada fora do prazo regulamentar -a lei diz que são necessários cinco dias de antecedência para solicitar segurança para um ato que reúna mais de 300 pessoas.
A autoridade também diz que já há um evento organizado para domingo no mesmo horário.
“Já há comunicação prévia referente à realização de manifestação de caráter antagônico ao proposto”, diz a resposta do chefe da seção operacional do 11º Batalhão de Polícia Militar Metropolitano à deputada federal.
O ato é convocado pelo Padre Kelmon e pelo vice-prefeito de São Paulo, coronel Mello Araújo, pela anistia e liberdade do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Nas redes sociais, Padre Kelmon tem divulgado a maifesrtação desde segunda-feira (1º) e diz que se trata de uma “caminhada pela liberdade, uma caminhada pela anistia”. “É importante que você participe neste momento que o país precisa do cuidado de cada um”, declarou o padre no vídeo. O ato deve concentrar os manifestantes, às 13h, em frente ao prédio da Gazeta, e deve acontecer até a Sé.
A Folha de S.Paulo procurou a Secretaria da Segurança Pública, que afirma que o plano operacional para os atos previstos para o dia 7 de dezembro está em elaboração.
“A Polícia Militar acompanha todas as manifestações, independentemente de orientação política dos organizadores, com o objetivo de garantir a preservação da ordem pública e a segurança de participantes, transeuntes e comerciantes da região”, diz a pasta em nota.
De acordo com a equipe da deputada Sâmia Bomfim, foi convocada uma conversa com a polícia na manhã desta sexta-feira (5), às 9h, para tratativa da segurança do ato.
“Esperamos sair de lá com a garantia de autorização do ato e de que ele acontecerá em segurança. É um ato da sociedade contra o feminicídio e a violência contra a mulher e acreditamos que não há ninguém organizando um ato de conteúdo antagônico a essas pautas”, diz a deputada.



