SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Justiça de São Paulo condenou em primeira instância, nesta segunda-feira (1º), a jornalista Barbara Gancia por injúria contra Laura Bolsonaro devido a um comentário nas redes sociais a respeito da filha do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Cabe recurso à decisão. O caso tramita em segredo de Justiça.
“Pra bolsonarista imbrochável feito o nosso presidente, quando a filha do Bolsonaro se arruma, ela parece uma puta”, escreveu a jornalista em 2022. A publicação recebeu milhares de críticas de apoiadores do ex-presidente.
A mensagem fazia referência a uma declaração de Bolsonaro em que ele usou a expressão “pintou um clima” ao se referir a encontro com adolescentes venezuelanas em São Sebastião, na periferia do Distrito Federal.
Em nota, a defesa da jornalista disse lamentar a condenação e anunciou que vai recorrer. “[A decisão] condena uma manifestação jornalística, sem qualquer caráter ofensivo, sobre episódio lastimável de falas grosseiras do ex-presidente da República com relação a jovens venezuelanas, em processo contaminado por uma série de nulidades.”
A juíza Nathalie Anchieta Alba Ferrer condenou Barbara ao pagamento de indenização no valor de R$ 10 mil e multa de 10 salários mínimos, em substituição a uma pena de 3 meses e 30 dias de detenção.
O resultado do processo foi divulgado nas redes sociais pelo advogado João Henrique Nascimento de Freitas, ex-assessor especial de Bolsonaro na Presidência.
“Alertei à época e reafirmo agora: agressões como aquela à filha de D. Michelle e do Pr @jairbolsonaro não ficarão impunes. Criança é sagrada, e não instrumento político”, afirmou.
A defesa confirmou a condenação à reportagem e disse que “Barbara sempre se pautou pela ética e respeito na sua atuação como jornalista e seguirá defendendo a liberdade de expressão e crítica”.



