Da Redação

O Tribunal de Justiça de Goiás decidiu, nesta quarta-feira (3), suspender a ordem de prisão que pesava contra Carlos Augusto de Almeida Ramos, conhecido como Carlinhos Cachoeira. A medida havia sido decretada no mês passado pela 6ª Vara de Família de Goiânia, após o acúmulo de R$ 1,175 milhão em pensão atrasada à ex-esposa Andressa Mendonça, com quem ele tem uma filha. Embora o mandado estivesse ativo, Cachoeira não chegou a ser detido, segundo seu advogado, Arthur Paulino.

Ao analisar o caso, o desembargador Adegmar José Ferreira acolheu os argumentos da defesa, que sustentou que o empresário não possui condições financeiras de arcar com o valor devido. Documentos anexados ao processo indicam ausência de bens em seu nome, declaração de Imposto de Renda zerada e pendências fiscais. A defesa também afirmou que o cenário atual não caracterizaria urgência alimentar para a criança.

Adegmar classificou o valor original da pensão — equivalente a 120 salários mínimos mensais — como desproporcional e avaliou que a prisão civil, uma medida extrema, não teria eficácia prática para garantir o pagamento.

Mesmo tendo tentado um acordo anteriormente, o parcelamento negociado entre Cachoeira e Andressa não foi homologado pela Justiça. Nenhuma parcela chegou a ser quitada, segundo ela.

Com a revogação do mandado, o processo segue agora para novas definições sobre como o débito deverá ser tratado daqui para frente.