SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Uma aluna branca que se formou em medicina após ser aprovada pelo sistema de cotas raciais na Unirio (Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro) vai pagar R$ 720 mil para não perder o diploma.
Valor foi firmado em acordo entre a médica Mariana Barbosa Lobo e o Ministério Público Federal. Esta foi a maior indenização paga por uma fraude em cota racial, segundo a organização Educafro (Educação e Cidadania de Afrodescendentes e Carentes).
Aluna entrou na universidade após se definir como negra na inscrição do Sisu 2018. Na época, somente a autodeclaração era necessária para o ingresso na vaga afirmativa.
Ela conseguiu colar grau em 2024, após decisão judicial. Pouco antes disso, para compensar a ocupação indevida, a Unirio abriu 15 vagas afirmativas para pessoas pretas ou pardas no curso de medicina no ano de 2023.
Dinheiro pago pela médica vai ser usado para o financiamento de bolsas para estudantes cotistas na universidade, segundo o MPF. O UOL buscou a Unirio para saber como esse dinheiro seria aplicado. O espaço segue aberto para manifestação.
Além do pagamento, Mariana vai precisar fazer um curso de letramento racial. O curso vai ser ministrado pela própria universidade.
O UOL tenta contato com a defesa da médica. O advogado de Mariana foi procurado por mensagem nas redes sociais, assim como a própria médica. O espaço segue aberto para manifestação e o texto será atualizado se houver posicionamento.



