Da Redação

A Polícia Civil de Goiás iniciou nesta terça-feira (2) uma ação de grande porte para interromper um esquema que desviava computadores pertencentes ao governo estadual. A ofensiva, conduzida pela Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra a Ordem Tributária (DOT) em parceria com a Secretaria de Economia, recebeu o nome de Operação Parasita e mira um grupo que transformou bens públicos em mercadoria clandestina.

Logo ao amanhecer, equipes espalhadas por Goiás, Distrito Federal, Tocantins e Minas Gerais cumpriram 15 mandados de busca e oito de prisão. Em Goiânia, um homem foi detido em flagrante ao tentar vender um dos aparelhos desviados, reforçando o impacto imediato da operação.

As apurações revelam que o esquema era liderado por um ex-terceirizado da Secretaria da Economia, que se aproveitava da facilidade de acesso ao setor de informática para retirar os equipamentos sem autorização. Com ele, atuavam outros terceirizados, prestadores de serviço e comerciantes responsáveis por escoar o material furtado para o mercado paralelo.

Mais de 100 computadores e monitores teriam sido subtraídos e revendidos por preços muito abaixo do valor real. A maior parte dos itens chegava a um lojista de informática e a empresários que buscavam giro rápido de produtos, ocultando sua verdadeira origem.

O rombo começou a ser desvendado em abril de 2025, quando uma auditoria interna identificou inconsistências no controle patrimonial. Após a constatação, os suspeitos foram desligados e o caso foi encaminhado à Polícia Civil, que abriu investigação formal.

Para a PCGO, a Operação Parasita representa um passo firme no combate ao comércio irregular de bens públicos e no fortalecimento das fiscalizações sobre empresas terceirizadas. As diligências continuam para localizar todos os envolvidos, recuperar o patrimônio desviado e responsabilizar os autores na Justiça.